Envio das aeronaves de quinta geração é uma resposta à tensão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia
Por André Magalhães Publicado em 08/03/2022, às 09h40
Caças furtivos F-35B Lightning II da Royal Air Force (Real Força Aérea do Reino Unido – RAF) pousaram na base aérea de Ämari, na Estônia, nesta semana para reforçar a presença da aliança militar da Otan na região em resposta à tensão gerada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Os aviões de quinta geração ingleses tiveram como ponto de partida a base aérea de Marham, no Reino Unido.
Os modernos caças irão se juntar com outros F-35 dos Estados Unidos e da Holanda que já haviam sido deslocados para o leste europeu.
"O F-35 é uma aeronave incrivelmente capaz e versátil. Operando ao lado dos Typhoons, eles mantêm a integridade do espaço aéreo europeu e contribuem para a Missão da Otan", disse Philip Marr, comandante da base de Marham.
.@RoyalAirForce 🇬🇧F-35 jets have landed at Ämari Air Base, Estonia 🇪🇪to support @NATO’s mission on the Eastern Flank of the Alliance. They will work with @usairforce 🇺🇸and @Kon_Luchtmacht 🇳🇱 5th Gen fighters to secure Allied Airspace in the region#NATOhttps://t.co/HoVx04kwbf pic.twitter.com/l2pHnx2MWV
— NATO Air Command (@NATO_AIRCOM) March 7, 2022
A presença inglesa também conta com caças Eurofighter Typhoon que patrulham o espaço aéreo da Otan. Os Typhoon britânicos estão baseados no Chipre, um pequeno país no Mediterrâneo.
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia está em seu décimo terceiro dia suscetíveis ataques pelos russos estão acontecendo, principalmente contra infraestruturas militares.
Algumas regiões já estão sob controle da Rússia, por exemplo, a usina nuclear de Chernobyl e a cidade de Kherson; e Mariupol está cercada. Contudo, a capital Kiev e a grande cidade de Kharkiv ainda não foram ocupadas.
Entretanto, as forças da Ucrânia estão resistindo mais do que o esperado e dificultando alguns avanços russos, principalmente na região norte.
Por causa da escalada do conflito, a Otan decidiu pela primeira vez ativar sua força de defesa, isso significa que militares da aliança vão ficar em alerta máximo e a presença das forças em países próximos à Ucrânia será ampliada.
Vale ressaltar que as forças da aliança não vão entrar no país, pois Kiev não faz parte da organização militar.
Porém, caso a Rússia avance contra uma nação membra, o artigo 5ª será colocado em prática. Tal diretriz diz que “Qualquer ataque a um membro da Otan é um ataque a todos”. Isso iria escalar a guerra ainda mais e iria envolver diretamente as forças da organização (com os EUA liderando) e a Rússia, sendo que de ambos os lados existem armas nucleares.