Não é a primeira vez que uma ação da aliança militar da Otan intercepta aeronaves russas em 2022
Por André Magalhães Publicado em 03/02/2022, às 19h20 - Atualizado em 04/02/2022, às 13h12
Essa foi a primeira interceptação dos caças F-35A noruegueses neste ano de 2022 | Foto: Força Aérea da Noruega
Caças F-35A da Noruega e Eurofighter Typhoon do Reino Unido foram acionados para interceptar aeronaves russas que estavam voando no extremo norte do continente, a ação aconteceu nessa quarta-feira (2).
Os furtivos F-35 foram engajados para interceptar uma aeronave de alerta aéreo antecipado A-50 Mainstay, na região da península de Kola.
"As identificações de hoje demonstram que o F-35 funciona em seu novo papel como QRA fora de Evenes. Esta missão de policiamento aéreo é muito importante para a Otan e a força aérea norueguesa está bem preparada e pronta para apoiar”, disse Rolf Folland, major-general e comandante da Força Aérea Real da Noruega.
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Após a interceptação norueguesa, alguns aviões da Rússia retornaram para o espaço aéreo de seu país, mas outros seguram para a direção sul no Atlântico Norte.
Para interceptar as aeronaves restantes – dois bombardeiros Tu-95 Bear H e dois aviões de patrulha marítima Tu-142 Bear F-, foram acionados os caças ingleses Eurofighter Typhoon que partiram da base aérea de Lossiemouth, situada à noroeste da Escócia.
Royal Norwegian Air Force 🇳🇴 F-35s and @RoyalAirForce🇬🇧 Typhoons intercepted Russian 🇷🇺 aircraft flying off the Norwegian coast and into the North Sea.
— NATO Air Command (@NATO_AIRCOM) February 3, 2022
QRA aircraft and Allied Air Force personnel safeguard Allied airspace 24/7/365.
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Moscou respondeu alegando que as aeronaves interceptadas não invadiram nenhum espaço aéreo e que as ações múltiplas contra aviões militares russos “são uma utilização injustificada de recursos humanos e materiais, criando riscos para os aviões civis”.
Apesar de antigos, os bombardeiros Tu-95 Bear ainda representam um grande valor estratégico a Rússia | Foto: RAF
A Rússia, que está em meio às tensões com a Otan, Ucrânia e Estados Unidos, também interceptou recentemente aeronaves da aliança militar.