Governo da Estônia alega que aeronave militar estava como o transponder desligado
Por André Magalhães Publicado em 03/02/2022, às 13h55 - Atualizado às 19h29
Caça Su-27 Flanker é uma das principais aeronaves militares de fabricação russa | Foto: Divulgação
Um caça russo Su-27 Flanker invadiu o espaço aéreo da Estônia, no dia 29 de janeiro. A informação foi confirmada pelo governo do país, o qual alegou que a violação do espaço aéreo durou poucos instantes, mas pode ter sido deliberada.
Em uma publicação oficial do ministério da Defesa da Estônia, foi dito que o avião permaneceu no espaço aéreo por menos de um minuto. Entre as preocupações das autoridades é que o caça havia desligado o transponder, equipamento que fornece detalhes de altitude e velocidade para os controles em solo.
"O incidente ocorreu perto da ilha de Vaindloo. O caça estava voando com o transponder no modo desligado e permaneceu fora de contato com o controle de tráfego aéreo da Estônia no momento de violar a fronteira” disse o comunicado oficial.
A defesa do pequeno país báltico considera grave a ação e chegou notificar um diplomata russo sobre o ocorrido. Contudo, até o momento, não houve uma resposta de Moscou sobre esse episódio.
Russia keeps violating the fundamental principles of international rules-based order across Europe. On 29 January 2022, 🇷🇺 fighter aircraft Su-27 violated 🇪🇪 and @NATO air space and ignored basic aviation safety rules. 🇷🇺 Chargé d’Affaires was summoned by the @MFAestonia pic.twitter.com/oQWQGzi9vc
— MoD Estonia (@MoD_Estonia) January 31, 2022
Caças de países da aliança militar da Otan estão no território da Estônia cumprindo missão de policiamento aéreo. Atualmente, caças F-16 da força aérea belga estão operando a partir da base aérea de Ämari.
Os russos aumentaram a presença militar em quase todas as zonas de fronteira com ex-países soviético, especialmente os que aderiram a Otan. A movimentação ocorre há vários anos, mas ganhou novo fôlego com o aumento das tensões na Ucrânia.