Caça derivado do projeto mais caro história realiza exercício com 36 aviões nos EUA

F-35A realizaram decolagens com intervalo entre 20 e 40 segundos durante marcha do elefante

Por Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação Publicado em 28/11/2019, às 12h00 - Atualizado às 14h49

A força aérea dos Estados Unidos realizou um exercício de poder de combate envolvendo 36 caças F-35A, oriundos do mais caro projeto militar de toda a história, que ultrapassou a marca dos US$ 400 bilhões. Os aviões dos 388º e 419º Fighter Wings realizaram uma decolagem quase simultânea, dentro de um curto período de lançamento.

Os aviões decolaram em intervalos de 20 a 40 segundos, o que foi repetido em uma série de manobras ao longo do dia, mantendo a mesma margem de tempo.

LEIA TAMBÉM

O exercício que ocorreu na Base Aérea de Hill, Utah, teve por objetivo confirmar a capacidade do F-35 em atuar em uma grande força tarefa contra alvos aéreos e terrestres, demonstrando sua prontidão e a letalidade.

Como as primeiras unidades do F-35 prontas para combate, a força aérea dos Estados Unidos está pronta para utilizar o avião em qualquer lugar do mundo a qualquer momento. O que ocorre mais de vinte anos após o início do desenvolvimento do avião, que custou mais de US$ 400 bilhões e enfrentou uma série de atrasos constantes no cronograma.

O F-35 Lightning II foi desenvolvido a partir do programa Joint Strike Fighter (JSF), que reuniu um consórcio de países, liderados pelos Estados Unidos, que tinha como objetivo desenvolver um caça de quinta geração (com capacidade furtiva) de baixo custo. Todavia, o projeto que deveria gerar um avião barato e dentro de um orçamento bastante limitado extrapolou os custos em mais de 100 vezes. O custo unitário de cada F-35A é de US$ 85 milhões, mais que o dobro do previsto em 2000, quando o valor estimado era de US$ 40 milhões.

O projeto original tinha como meta uma aeronave relativamente simples, mas ao longo dos anos o avião ganhou uma série de novos sistemas bastante sofisticados e encarou problemas inimagináveis. Entre eles no motor, na baixa manobrabilidade que o tornavam mais lento em curvas que seus antecessores da década de 1970, até mesmo problemas com a pintura antirradar.

Apenas recentemente os primeiros F-35 foram declarados operacionais nos Estados Unidos e demais aliados. Ainda assim, o programa sofreu um grande revés quando a Turquia optou por adquirir sistemas antiaéreos russos, forçando os Estados Unidos a banir o país do programa JSF.

ASSINE AERO MAGAZINE COM ATÉ 76% DE DESCONTO

aeronave avião Lockheed Martin Usaf F-35 JSF notícia de aviação