A cidade de São Paulo abriga uma das maiores frotas urbanas do mundo
Por Shailon Ian | Fotos: Divulgação Publicado em 15/05/2019, às 15h00 - Atualizado em 16/05/2019, às 19h32
Começa em Carapicuíba, na Grande São Paulo, o Heli XP, o primeiro evento dedicado exclusivamente a helicópteros no país. O Brasil sempre representou um mercado importante para as asas rotativas. Não por acaso a cidade de São Paulo abriga uma das maiores frotas urbanas do mundo e tem um tráfego intenso entre seus helipontos espalhados por dezenas de prédios.
A versatilidade do helicóptero conquistou o paulistano, que tem nesse meio de transporte um aliado no deslocamento urbano e nas viagens curtas entre os grandes centros de negócio do país. A falta de infraestrutura aeronáutica adequada para aviões também é um incentivo para o uso do helicóptero, que consegue operar em áreas com pouco preparo, como fazendas e plantas industriais.
O total de helicópteros, segundo a Anac, é de 2.106 registros, sendo que 1.397 estão com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) normal.
Os helicópteros monomotores representam 77% da frota nacional, são 1.625 helicópteros nessa categoria. Aproximadamente 25% da frota nacional está concentrada em dois modelos – o Robinson 44 II e o Airbus AS/HB 350, com mais de 500 unidades voando no país.
A grande maioria dos helicópteros monomotores tem sua utilização na aviação privada com 956 unidades registradas nessa categoria, ou 59% dos helicópteros monomotores. A aviação de utilidade pública e das forças de segurança, com quase 200 helicópteros, representam 12% do segmento de aeronaves monomotoras.
Interessante notar que em alguns países europeus existe uma limitação para utilização de helicópteros monomotores sobre áreas densamente povoadas, o que limitou o mercado dessas aeronaves nos grandes centros urbanos daquele continente. Aqui, assim como nos Estados Unidos, essa limitação não existe, fazendo com que a utilização dos monomotores seja amplamente difundida.
Nos helicópteros bimotores, a distribuição entre aeronaves privadas e táxis- aéreos é mais bem equilibrada, com 48% das unidades utilizadas como táxi-aéreo contra 45% registradas como privadas. Um dos responsáveis por isso é a utilização de aeronaves bimotoras no transporte offshore, para o apoio às plataformas de petróleo, onde é proibida a utilização de aeronaves monomotoras.