Brasil lança o primeiro foguete após parceria internacional

Brasil e a empresa sul-coreana Innoespace lançaram o primeiro foguete em Alcântara após parceria internacional assinada em 2020

Por André Magalhães Publicado em 20/03/2023, às 09h35

Lançamento faz parte de um novo projeto de 2020 da Agencia Especial Brasileira - DCTA/ Sargento Frutuoso

O Brasil lançou no domingo (19) o foguete HANBIT-TLV a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O fato é considerado histórico por ser o primeiro foguete lançado a partir do acordo de cooperação internacional.

O foguete sul-coreano foi produzido pela empresa Innoespace e transportou uma carga 100 % brasileira, desenvolvida em parceria com a FAB.

A Operação Astrolabio, como foi denominada a missão, envolveu o foguete da Coreia do Sul, que fez um voo aproximado em 4 minutos e 33 segundos até a órbita baixa, transportando o Sisnav (Sistema de Navegação Inercial) brasileiro. Este foi o lançamento de número 500 a ser realizado no CLA e o primeiro de uma cooperação internacional.

A FAB, em parceria com a empresa sul-coreana @innospacecorp, realizou, hoje (19/03), às 14h52, o lançamento do foguete HANBIT-TLV, que transportou carga útil 100% brasileira. A Operação Astrolábio aconteceu a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. pic.twitter.com/ytyRlGyLue

— Força Aérea Brasileira 🇧🇷 (@fab_oficial) March 19, 2023

A carga é em um importante experimento tecnológico para a navegação autônoma de foguetes. O lançamento serviu para avaliar o comportamento do equipamento e de seus sistemas em voo.

Apesar do fabricante do foguete ser estrangeiro, a missão contou com o suporte da Agência Espacial Brasileira, responsável por toda a infraestratutura necessária para o lançamento.

“Este lançamento quebrou um paradigma, pois poderemos ter diversas operações comerciais a partir do CEA, nos colocando entre os centros espaciais reconhecidos mundialmente e inseridos nesse mercado tão grande e que se desenvolve a cada dia mais, que é o mercado espacial", disse Maurício Augusto Silveira de Medeiros, diretor-geral do DCTA.

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A missão ocorreu após a assinatura do contrato do Edital de Chamamento Público nº 02/2020 da Agência Espacial Brasileira, de 22 de maio de 2020 e possuiu uma vigência de cinco anos.

O projeto planeja viabilizar financeiramente o uso do centro espacial brasileiro, que por várias décadas teve uma atividade praticamente inexistente e sem apoio governamental ou privado.

Diversas empresas foram selecionadas para operações no Brasil como a Hyperion, Orion AST e a Virgin Orbit, sendo que a última utiliza um Boeing 747 para lançar seus foguetes.

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