Brasil e Itália firmam acordo para desenvolver mobilidade aérea avançada

Brasil e Itália assinam acordo para desenvolver mobilidade aérea urbana, com foco em segurança, regulação e formação técnica conjunta

Por Marcel Cardoso Publicado em 08/08/2025, às 11h38

Brasil e Itália firmam acordo técnico para desenvolver infraestrutura, regulamentação e segurança da mobilidade aérea urbana e sustentável - Divulgação

Autoridades aeronáuticas do Brasil e da Itália assinaram um memorando de entendimento com foco no desenvolvimento conjunto da mobilidade aérea avançada. O acordo, celebrado entre a ANAC e a Ente Nazionale per l’Aviazione Civile (ENAC), prevê cooperação técnica em áreas estratégicas como formação profissional, segurança operacional, certificação de aeronaves e infraestrutura para vertiportos.

O protocolo estabelece diretrizes para harmonização regulatória entre os dois países, com o objetivo de viabilizar a implantação de soluções de mobilidade aérea urbana sustentável. Entre os principais pontos, estão a criação de programas de capacitação na área aeronáutica e o alinhamento de normas de segurança operacional, segurança contra atos ilícitos e aeronavegabilidade.

A iniciativa ocorre em um momento de crescente interesse global por novas formas de transporte aéreo urbano, como os veículos elétricos de pouso e decolagem vertical (eVTOL). A coordenação bilateral visa antecipar desafios regulatórios e promover a interoperabilidade entre sistemas, facilitando a integração de tecnologias emergentes no espaço aéreo brasileiro e italiano.

Para Alessandro Cortese, embaixador da Itália no Brasil, o acordo reforça os laços estratégicos entre os dois países, com potencial impacto positivo sobre a economia, inovação tecnológica e formação de mão de obra especializada.

Antes da formalização do acordo, representantes das duas autoridades participaram de reuniões técnicas sobre concessões aeroportuárias e visitaram o aeroporto internacional de Brasília e a sede da Inframerica, concessionária responsável pelo terminal.

Segundo a ANAC, a próxima etapa envolve a formação de grupos de trabalho e o desenvolvimento de projetos-piloto voltados à infraestrutura e regulação da mobilidade aérea urbana, com implementação prevista nos próximos meses.

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