Líder Aviação firma parceria com Beta Technologies e estreia no mercado de aeronaves elétricas com foco em mobilidade aérea sustentável no Brasil
A Líder Aviação anunciou hoje (4), sua entrada no segmento de aeronaves elétricas, firmando uma parceria estratégica com a empresa norte-americana Beta Technologies.
Pelo acordo, a Líder torna-se representante exclusiva de vendas da Beta no Brasil e centro de serviços autorizado para seus modelos elétricos. A parceria inclui a aquisição de três aeronaves e uma encomenda com cinquenta opções de compra.
A iniciativa marca o início de uma nova etapa na aviação executiva brasileira, com foco em operações mais limpas, silenciosas e de menor custo.
“Depois de anos estudando o mercado de aeronaves elétricas, optamos por uma parceria com a Beta pela robustez da tecnologia, pela maturidade do projeto e pelo alinhamento com nossa visão de futuro. É um marco para a aviação no Brasil”, afirma Júnia Hermont, CEO da Líder Aviação.
A empresa irá comercializar dois modelos da Beta: o CX300, de decolagem e pouso convencionais (eCTOL), e o ALIA 250, de decolagem e pouso verticais (eVTOL). Ambos estão em fase final de certificação junto a reguladores norte-americanos, com participação da Agência Nacional de Aviação Civil no processo de homologação nacional. A previsão de entrega das primeiras unidades ocorrerá após a certificação internacional.
“O eVTOL é complementar à frota de helicópteros e aviões convencionais. Ele abre novas rotas, com menor custo operacional e menor impacto ambiental, especialmente em áreas urbanas”, explica Anderson Markiewicz, diretor de Vendas da Líder Aviação.
Um dos diferenciais do ALIA 250 é seu design com quatro rotores verticais independentes e uma hélice horizontal, evitando o uso do complexo sistema tilt-rotor. Com emissão zero de carbono e carregamento rápido compatível com a infraestrutura atual de aeroportos, o modelo oferece cabine para dois pilotos, o que facilita treinamentos e a introdução operacional.
As aplicações previstas para os modelos incluem voos shuttle entre aeroportos, rotas urbanas e regionais, transporte aeromédico, logística e voos corporativos sob demanda. A operação inicial está em fase de estudo e deve integrar a frota atual de helicópteros e aviões convencionais.
A capacitação de pilotos e técnicos será feita inicialmente no exterior, com transferência futura para o Brasil. A expectativa da empresa é de que a aviação elétrica reconfigure o mercado de mobilidade aérea executiva no país, promovendo maior eficiência operacional e menor impacto ambiental.
O anúncio será detalhado durante a Labace 2025, a partir de amanhã (5), quando a Líder apresentará os próximos passos da operação e dados técnicos das aeronaves envolvidas.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 04/08/2025, às 16h45
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