Brasil está mal preparado para o mercado de táxis aéreos, diz pesquisa

País ficou em último lugar em ranking de empresa de consultoria

Marcel Cardoso Publicado em 19/01/2022, às 19h40 - Atualizado às 19h52

Brasil teve os piores resultados nos quesitos aceitação do consumidor e legislação | Foto: Embraer/Divulgação

O Brasil é o país menos preparado para o mercado de táxis aéreos dentre 25 países avaliados. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa “Aviação 2030: Índice de Prontidão do Táxi Aéreo”, da empresa de consultoria Kpmg, que mede o nível de preparação para a próxima geração de aeronaves de pouso e decolagem vertical (eVtols) em 25 países.

Considerando os critérios de aceitação do consumidor, infraestrutura, política e legislação, tecnologia e inovação, a nota do Brasil ficou em 8,78, fazendo o país ocupar o último lugar no ranking. A liderança do ranking ficou com os Estados Unidos (nota 26,11), seguidos de Cingapura (21,88), Holanda (21,78), Reino Unido (20,41), Austrália (20,13) e China (20,00). 

A pesquisa destacou ainda que o mercado global de táxis aéreos deverá crescer nas próximas décadas à medida que as cidades congestionadas procurarem novas formas de reduzir os tempos de viagem e os usuários aceitarem mais os voos pilotados e automatizados. O setor está passando também por uma evolução crescente de startups e investidores, repleta de demonstrações futuristas, com operadores querendo comercializar as suas primeiras propostas nos próximos três anos. O relatório aprofunda as oportunidades para companhias aéreas, aeroportos, operadores e parceiros da cadeia de fornecimento com comentários de líderes globais da indústria.

Os táxis aéreos vão revolucionar a mobilidade urbana, mas alguns países estão mais prontos do que outros para isso. Um dos principais desafios das empresas de aviação atualmente está na adequação às tendências que podem moldar a próxima década. Tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data, Internet das Coisas, propulsão elétrica, além de fatores como combustíveis sintéticos e de hidrogênio, devem transformar para sempre as operações e os negócios nesse setor”, afirma o sócio-líder de aviação da Kpmg no Brasil, Márcio Peppe.

Os primeiros eVtols estão previstos para entrarem em operação em 2026.

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