Voo conjunto dos bombardeiros Tu-95MS e H-6K acionou o alerta dos caças F-2 e F-15J do Japão
Por André Magalhães Publicado em 24/05/2022, às 09h46
Os bombardeiros estratégicos da Rússia e da China, sendo um TU-95MS e um H-6K, respectivamente, foram interceptados pela força aérea de autodefesa do Japão, enquanto realizavam um voo conjunto sobre as águas do Mar do Japão e do Mar da China Oriental.
As aeronaves sino-russas tiveram a escolta protocolar dos caças russos Su-30SM durante o voo. O Japão enviou seus caças F-2 (versão japonesa do F-16) e F-15J para averiguar de perto as aeronaves hostis.
"No processo de cumprir suas tarefas, as aeronaves de ambos os países operaram estritamente em conformidade com as disposições do direito internacional. Não houve violações do espaço aéreo de estados estrangeiros", disse em comunicado a Rússia.
Apesar de não ter ocorrido uma violação do espaço aéreo japonês, a manobra ampliou as tensões internacionais envolvendo a Rússia e a China, deixando em alerta as defesas aéreas de vários países. A parceria diplomática e militar entre russos e chineses é vista como ameaçadora por algumas nações do sudeste asiático e Pacífico.
Para além da guerra na Ucrânia, o temor recorrente de uma invasão chinesa a Taiwan, considerado uma república rebelde por parte de Pequim, amplia a instabilidade em toda a região. O temor tem sido um dos argumentos para a ampliação nos gastos com defesa por parte de diversos países, em especial Japão e Coreia do Sul.