Alta nos pedidos do 737 MAX e crescimento do mercado cargueiro impulsionou as vendas do fabricante norte-americano
Por Marcel Cardoso Publicado em 09/06/2021, às 15h00 - Atualizado às 20h24
Retomadanas vendas do 737 MAX deverá permitir a Boeing voltar a competir em volume de vendas com a Airbus
Após um período turbulento recente, a Boeing encerrou o mês de maio com 73 novos pedidos, especialmente da família 737 MAX que retomou o crescimento de vendas. O resultado foi superior a rival Airbus, que teve apenas sete encomendas no mesmo período.
A Boeing obteve 61 pedidos brutos para o 737 MAX, incluindo os 34 encomendas da Southwest Airlines para a série MAX 7, mas que foram divulgados no último dia 7 de junho. Por fim, a Smbc Aviation Capital e a Alaska Airlines efetuaram catorze e treze pedidos do modelo, respectivamente. Dentre os aviões de dois corredores, a Lufthansa colocou cinco pedidos para o 787, se tornando o mais novo cliente para o modelo.
Na divisão cargueira, compradores não identificados encomendaram seis 777F, enquanto a Lufthansa Cargo encomendou mais um.
Na Airbus, dos sete pedidos do mês de maio, cinco foram para o A350, feitos pela Lufthansa, enquanto a mexicana Volaris encomendou dois A320neo.
Porém, no total de entregas a Airbus encerrou maio com 50 aviões, sendo 41 da família A320neo, quatro A220, três A350, um A330neo e o último A380. A Boeing entregou apenas dezesseis aeronaves, sendo dez 737 MAX, dois 787 e um 737-800A, enquanto entre os cargueiros esteve um 777F, um 767-300F e um 747-8F.
É necessário considerar que as entregas do 787 foram suspensas temporariamente pelas autoridades de aviação civil dos Estados Unidos (FAA), por conta de problemas de qualidade na fabricação do modelo. O órgão solicitou mais informações sobre o caso.
Os números citados ainda são relativamente baixos para ambos os fabricantes, principalmente pela baixa procura por aeronaves de dois corredores, reflexo da diminuição da demanda por voos de longa distância. A continuidade de novos casos de contaminação pelo coranavírus mantém as restrições de entrada em vários países, mesmo com o avanço da imunização, em especial nos Estados Unidos e no Reino Unido.