De acordo com as autoridades chovia forte e aeronave caiu em um desfiladeiro com dez metros de profundidade
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 07/08/2020, às 15h00 - Atualizado às 17h39
Segundo as autoridades chovia forte no momento do pouso | Foto: National Disaster Response Force
Um Boeing 737 da Air India Express sofreu um grave acidente após pousar no aeroporto de Kozhikode, no sudoeste da Índia. O avião se partiu ao meio após sair da pista e escorregar em um vale com 10 metros de profundidade.
Segundo a empresa, 190 pessoas estavam a bordo do avião, sendo 184 passageiros e seis tripulantes. As autoridades indianas ainda investigam a causa do acidente, que é um dos mais graves registrados no país nos últimos meses.
De acordo com a imprensa local, ao menos 16 pessoas morreram no acidente, inclusive um dos pilotos. A cabine do avião se chocou com um muro no final da área do aeroporto.
O avião havia partido de Dubai, nos Emirados Árabes, repatriando diversos indianos que estavam enfrentando dificuldades no país após a escaladas da pandemia e a crise gerada pela doença.
As autoridades da agência de aviação civil da Índia (DGCA, na sigla em inglês), afirmaram que chovia forte no momento do pouso e aparentemente a aeronave estava com a manutenção e licenças em dia, assim como os dois pilotos. A agência ainda afirma que após quebrar ao meio, o avião parou sem gerar nenhum princípio de incêndio.
Em entrevista à rede de televisão indiana NDTV, Amitabh Kant, chefe da Comissão de Planejamento da Índia, afirmou que o aeroporto está localizado no topo de uma colina com grandes depressões em ambos os lados. “O acidente aconteceu por causa de fortes chuvas e pouca visibilidade", disse Kant. O aeroporto é considerado bastante crítico por suas condições climáticas adversas e a baixa visibilidade gerada pelas fortes chuvas que costumam atingir a região.
Nesta semana a Air India Express havia anunciado uma redução de 88% nas receitas, por conta do impacto da covid-19 nas operações aéreas em todo o mundo. A empresa estava estruturando uma oferta para readequação dos salários, com cortes de 40% nos redimentos dos pilotos, além de afetar outras áreas da companhia.
A empresa é uma subsidiária da Air India, que há vários anos vem enfrentando uma grave crise econômica, inclusive com problemas no pagamento dos alugueis dos aviões. Algumas aeronaves chegaram a ser proibidas de voar por não terem cumprido as manutenções exigidas.