Com novo acordo, Azul reduz de R$ 26,1 bilhões para R$ 20,6 bilhões pagamentos de arrendamento de aeronaves
Por Wesley Lichmann Publicado em 15/05/2023, às 10h31
A Azul Linhas Aéreas atualizou hoje (15), as informações do acordo de reestruturação da dívida com os arrendadores de aeronaves, que reduzirá em R$ 5,4 bilhões os valores dos pagamentos a partir de sua contemplação.
A renegociação anunciada em março, envolve a troca de títulos de dívida com vencimento em 2030 com um cupom de 7,5% ao ano, conversível em ações preferencias no valor de R$ 36,00 por ação.
O acordo possui um limite de valor mínimo e máximo, ou seja, se a longo do período de conversão, entre 2024 e 2027 o preço das ações preferenciais da companhia estiver abaixo do valor estipulado no acordo, a Azul poderá compensar a diferença com a emissão de ações adicionais, ou através de liquidação em dinheiro, ou por meio de uma nova emissão de títulos.
Se o preço de mercado das ações for superior, o número de ações a serem convertidas será reduzido e, portanto, a diluição será menor.
"Estamos melhorando significativamente nossa estrutura de capital, reduzindo nossos passivos de arrendamento em mais de R$ 4 bilhões usando o IFRS16 e em mais de R$7 bilhões usando 7x aluguel", comenta Alex Malfitani, CFO da Azul.
Segundo a Azul, os débitos representam mais de 90% do passivo referente ao aluguel da frota e cerca de 80% da dívida bruta nominal da empresa.
Antes da reestruturação de sua dívida junto aos fornecedores de aeronaves, os valores de pagamento nominal relacionados ao arrendamento totalizavam R$ 26,1 bilhões. Com o novo contrato firmado junto aos lessores a companhia pagará R$ 20,6 bilhões a partir deste ano.
Com o acordo, a companhia espera atingir o ponto de equilíbrio ainda este ano. Em 2024, a empresa espera voltar a gerar caixa e aumentar sua posição de liquidez.