Caça F-117 retorna as atividades como avião agressor em treinamentos militares
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 23/10/2020, às 10h00 - Atualizado às 11h25
Imagens que circulam na internet mostram momento que o F-117 pousava na base aérea de Miramar, na Califórnia
Mesmo após terem sido aposentados há uma década, os caças furtivos F-117 Nighthwaks têm sido vistos com maior frequência em voo nos Estados Unidos. Nos últimos dias moradores do entorno da base dos fuzileiros navais de Miramar, em San Diego, no sul da Califórnia, presenciaram dois caças chegando ao local.
Recentemente a força aérea dos Estados Unidos passou a empregar os F-117 remanescentes em operações diversas de treinamento, inclusive na função de agressores durante exercícios complexos como o Red Flag.
A reintrodução em serviço do icônico caça ocorre em um momento que a Rússia e China ampliam suas frotas de aeronaves furtivas, como o Su-57 e o J-20, respectivamente. Até recentemente apenas os Estados Unidos e alguns aliados estratégicos estavam equipados com este tipo de tecnologia, mas a mudança no cenário internacional obrigou o treinamento de como combater uma aeronave com baixa assinatura radar e térmica.
Recentemente os F-117 chegaram a participar de exercícios simulados de ataques aos porta-aviões norte-americanos, permitindo as equipes da US Navy, a marinha dos Estados Unidos, terem um cenário fiel de como encontrar e combater uma aeronave ‘invisível’ aos radares.
É possível que os Estados Unidos mantenham os F-117 em condições operacionais para ampliar a capacidade de treinamento de seus pilotos em situações que possam enfrentar caças furtivos no futuro. O F-117 possui atualmente a menor assinatura radares entre todos os aviões furtivos, sendo inclusive inferior ao do bombardeiro B-2 Spirit. Reconhecer a presença de uma aeronave furtiva poderá ser a principal estratégia dos exercícios militares futuros, representando um novo desafio na guerra aérea.