Sistema reduz custos e permite posicionar o lançamento no melhor ponto existente no planeta
Por Gabriel Benevides Publicado em 16/06/2021, às 08h46 - Atualizado às 08h56
Lockheed L-1011 Tristar foi usado como base de lançamento para novo satélite
O uso de aviões comerciais no lançamento de foguetes tem crescido nos últimos anos. A plataforma é mais barata que usar foguetes que partem de bases no solo.
No último domingo (13), a Northrop Grumman realizou o lançamento de um novo satélite para a Força Espacial dos Estados Unidos (USSF, na sigla em inglês) usando o foguete Pegasus XL, que estava acoplado em um Lockheed L-1011 Tristar, batizado de Stargazer.
Designado como Lançamento Taticamente Responsivo 2 (TacRL-2), a missão usou a variante de grande capacidade do foguete Pegasus, considerado o primeiro veículo de lançamento espacial comercial do mundo.
O foguete de 23.130 kg foi acoplado na barriga do trijato, para então lançar o satélite no espaço. Uma das vantagens do sistema é reduzir o consumo de combustível do foguete, aumentando assim sua carga útil. Além disso, permite posicionar o lançamento em qualquer parte do globo, encurtando a distância da viagem até a órbita planejada.
O foguete Pegasus é constituído por três estágios e pouco depois de ser lançado do Stargazer, em uma altitude aproximada de 40.000 pés acima do Oceano, o foguete segue em direção a sua órbita.
Embora apenas nos últimos anos tenha se popularizado o sistema de lançamento comercial, a Northrop Grumam desenvolveu o foguete Pegasus na década de 1980, e tinha como objetivo viabilizar os lançamentos espaciais com menores prazos e custos. Assim poderia inserir ou substituir modelos ativos em órbita muito mais rápido que os cronogramas padrão, que usam foguetes tradicionais.
Este é o 45º lançamento da Pegasus, que já colocou em órbita mais de 90 satélites a partir de cinco locais de lançamento separados localizados nos Estados Unidos, Europa e Ilhas Marshall (no Oceano Pacífico).