Um sistema de mísseis russos estaria por trás do acidente envolvendo um Embraer E190 da Azerbaijan Airlines
Por Marcel Cardoso Publicado em 26/12/2024, às 19h15
Autoridades do Azerbaijão informaram nesta quinta-feira (26), que o acidente com o Embraer E190 da Azerbaijan Airlines, ocorrido no dia anterior, pode ter sido causado por um sistema de mísseis russo.
A aeronave caiu perto do aeroporto de Aktau (SCO) enquanto realizava um voo comercial entre Baku (GYD) e Grozny (GRV). Segundo o site Euronews, o sistema Pantsir, utilizado pelas forças russas como defesa aérea de médio alcance, teria disparado mísseis que atingiram o avião. Estilhaços danificaram a fuselagem da aeronave enquanto ela sobrevoava a região onde o avião faria o pouso, na Chechênia.
Sistemas de guerra eletrônica russos também podem ter desativado as comunicações do E190, causando seu desaparecimento dos radares no espaço aéreo russo e reaparecimento sobre o Mar Cáspio. O impacto foi significativo o suficiente para gerar grandes buracos na cauda do avião, que foram documentados por imagens do local da queda. Essas características são associadas a danos por estilhaços, segundo especialistas.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, determinou a criação de uma comissão investigativa para apurar as causas do acidente. “A tarefa da comissão é investigar completamente o caso, examinar as causas do acidente e todos os seus detalhes, e fornecer informações tanto para mim quanto para o público azerbaijano", disse, em comunicado.
O acidente que vitimou fatalmente 38 das 67 pessoas a bordo aconteceu em meio a tentativas frequentes da Rússia de abater drones ucranianos no Cáucaso do Norte, região entre o Mar Cáspio e o Mar Negro. Especialistas ouvidos pela imprensa europeia questionaram por que voos civis não foram restritos na área antes do acidente.
Até o momento, a confirmação de um possível envolvimento de sistemas militares russos depende de investigações oficiais. No entanto, relatos preliminares e evidências visuais indicam a possibilidade de interferência externa, seja por ataque direto ou por sistemas de guerra eletrônica.