Brasil avança na modernização da FAB e espera receber em breve o primeiro Gripen E operacional
Por Gabriel Benevides Publicado em 22/04/2021, às 16h45 - Atualizado às 22h10
Novos Gripen E/F estão entre os mais avançados aviões de caça do mundo
A Força Aérea Brasileira comemora hoje (22) o Dia da Aviação de Caça, que relembra a atuação dos militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, o Esquadrão Jambock, na Segunda Guerra Mundial.
No dia 22 de abril de 1945 a recém-criada FAB realizou o maior número de missões de combate de sua história, o que levou a comemoração da data como Dia da Aviação de Caça. Na ocasião o Brasil combateu nos céus da Itália com os caças pesado P-47 Thunderbolt, considerados na época um dos mais avançados e poderosos aviões do conflito.
Ao completar 76 anos, a aviação de caça da FAB relembra sua jornada e celebra momentos importantes durante sua trajetória. Após receber os aviões oriundos da então Aviação Naval e Aviação do Exército, a FAB rapidamente modernizou seus meios com a chegada do icônico P-47 Thunderbolt, para anos mais tarde receber seu primeiro caça a jato, o Gloster F-8 Meteor, seguido dos F-80 Shooting Star.
Em 22 de abril de 1945 a FAB realizou o maior número de missões em combate de toda a sua história
Nos anos 1970 chegaram os primeiros supersônicos Dassault Mirage III e Northrop F-5 Freedom Fighter. Anos mais tarde, além da modernização dos Mirage III, a FAB ainda recebeu os F-5 Tiger II, posteriormente também modernizados para o padrão F-5M, que passaram a contar com uma série de melhorias e estão em serviço até hoje.
Nos anos 2000, com a aposentadoria compulsória dos Mirage IIIEBR, a FAB recebeu algumas unidades do Mirage 2000, que cumpriram a função de caça-tampão até a escolha do Gripen, em 2013.
Ainda que antiguados para a época, o Gloster F-8 Meteor foi o primeiro caça a jato da FAB
Ainda nos anos 1980, a FAB passou a trabalhar em um projeto binacional, em parceria com a Itália, para o desenvolvimento de um caça-bombardeiro leve, com capacidade de voo subsônico, que se tornou o primeiro avião a jato desenvolvido (parcialmente) pela Embraer. O resultado foi o programa AMX, que gerou o A-1.
Os Mirage III foram os primeiros caças supersônicos da FAB, colocando o Brasil em um novo patamar na aviação militar
Desde a aposentadoria dos Mirage 2000 (F-2000), em 2013, o F-5M se tornou o principal caça brasileiro em serviço. No início dos anos 2000 alguns F-5E receberam uma importante modernização, ganhando novos sistemas, radar multimissão e capacidade de guerra centrada em rede. O mesmo processo foi aplicado aos A-1M, que passaram a ter capacidade de combate integrado com os supersônicos F-5M.
Os F-5M [esquerda] e A-1M são atualmente os principais aviões de combate da FAB
Futuramente os F-5M e A-1M deverão ceder lugar para o Gripen NG, que está em fase final de desenvolvimento. Os caças de geração 4++ são considerados um dos mais modernos do mundo e serão operados pelo Brasil e Suécia. Além disso, o acordo previu que a indústria aeronáutica brasileira teria participação nos processos de desenvolvimento e produção, permitindo um salto tecnológico ao país e redução nos custos operacionais do novo caça.
O F-39 elevará a disponibilidade e capacidade tecnológica da FAB, que após mais de 70 anos voltará a contar com um caça no estado da arte, com grande capacidade de combate. A expectativa é que o avião seja empregado para a realização de missões variadas, como as de policiamento do espaço aéreo, interdição e até mesmo ataque ao solo.