Mesmo com a alta do combustível de aviação e da judicialização, a aviação brasileira teve crescimento em 2023
Por Marcel Cardoso Publicado em 20/02/2024, às 17h23
Um relatório recente divulgado pela Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) revelou que o setor aéreo brasileiro manteve um crescimento constante em 2023, mesmo enfrentando grandes desafios como o alto custo dos combustíveis e a hiperjudicialização.
Além disso, o Brasil foi um dos grandes mercados da aviação comercial no mundo que não recebeu qualquer tipo de socorro ou auxílio durante a pandemia. Os Estados Unidos, por exemplo, aprovaram em abril de 2020 um pacote emergencial de quase US$ 480 bilhões, desse total, mais de US$ 25 bilhões foram destinados ao setor aéreo.
Ainda assim, o Brasil segue como o maior mercado de aviação na América Latina e Caribe (ALC), em termos de Assentos por Quilômetro (ASK), representando 26,3% da capacidade da região, seguido do México, que detém 25,3% do total.
“O Brasil é o maior mercado da América Latina e Caribe e o relatório destaca a importância da conectividade para impulsionar um crescimento sustentável no país. Seguiremos com nosso compromisso de apoiar o setor em sua jornada para levar ainda mais oportunidades para as pessoas utilizarem esse meio de transporte seguro e essencial", disse José Ricardo Botelho, CEO da ALTA.
Já o volume total de passageiros no Brasil registrou um aumento de 14,7% no ano passado, mesmo diante de incertezas no mercado interno e tensões internacionais, atingindo a marca de 115,5 milhões de passageiros transportados. Segundo o relatório da ALTA, a maior resiliência ocorre principalmente no segmento internacional, que cresceu 37% em relação a 2022.
A rota mais movimentada foi entre São Paulo (GRU) e Santiago (SCL), alcançando uma taxa de ocupação de 82%. No tráfego doméstico, a Ponte Aérea Rio-São Paulo, ligando os aeroportos de Congonhas (CGH) e Santos Dumont (SDU), manteve sua hegemonia, a uma taxa de ocupação de 62%.