Novas diretrizes de aeronavegabilidade prevem inspeções adicionais nos motores PW1500G
Por Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação Publicado em 30/10/2019, às 11h00 - Atualizado às 14h14
Problemas com motores da série Pure Power se tornaram recorrentes no A220
Após um terceiro caso de desligamento em voo, as autoridades de aviação civil dos Estados Unidos, devem exigir uma nova inspeção nos motores do Airbus A220. O caso é tratado pela FAA como urgente e afeta a frota global do modelo.
A posição da FAA reflete as diretrizes de aeronavegabilidade (AD) já emitidas pelas autoridades do Canadá (Transport Canada) e da Suíça (Federal Office of Civil Aviation). A ação ocorre após um A220 da empresa suíça Swiss apresentar uma falha em voo em um dos motores enquanto voava de Londres para Genebra, obrigando a tripulação alternar para Paris.
O motor PW1500G é considerado um dos mais revolucionários da indústria, todavia, tem apresentado uma série de falhas operacionais. Segundo a AD emitida pela Transport Canada o motor deverá ser limitado a configuração máxima de 94% N1 acima de 29.000 pés. A diretriz abrange os motores PW1521G-3, PW1524G e PW1524G-3, que variam entre si na potência gerada. O eaviação civil da Suíça emitiu uma diretiva semelhante.
Em setembro, a FAA havia considerado emitir uma AD para o A220, após vários incidentes o modelo, inicialmente relacionado a uma questão de fornecimento combustível, algo que o fabricante do motor, a Pratt & Whitney já havia emitido ordens através de boletins de serviço.
Segundo as autoridades de aviação dos Estados Unidos, o risco de operar os motores afetados sem inspeções dos compressores de baixa pressão pode levar a uma falha catastrófica e liberar detritos do motor em alta velocidade que podem potencialmente danificar a aeronave, incluindo fuselagem e sistemas críticos.