A aposentadoria de aeronaves mais antigas e as metas de descarbonização do setor devem impulsionar renovação
Marcel Cardoso Publicado em 14/02/2022, às 09h25
Nos próximos 20 anos, o tráfego de passageiros vai crescer 5,3% ao ano e a aposentadoria acelerada de aviões mais antigos e menos eficientes em combustível vai exigir que o continente asiático tenha 17.620 novas aeronaves de passageiros e cargueiros até 2040, segundo a Airbus.
Neste número, 13.660 estão na categoria de fuselagem estreita (narrowbodies), como o A220 e A320. Nas categorias de médio e longo alcance, a região continuará impulsionando a demanda global com cerca de 42% de participação, o que significa a adição de quase quatro mil unidades.
Em uma região que abriga 55% da população mundial, China, Índia e economias emergentes, como Vietnã e Indonésia, serão os principais impulsionadores do crescimento local. O PIB crescerá 3,6% ao ano em comparação com a média mundial de 2,5% e dobrará de valor até 2040. A classe média, que é a mais propensa para viajar, aumentará em 1,1 bilhão, para 3,2 bilhões, e a propensão para as pessoas viajarem deve quase triplicar no período.
"Estamos vendo uma recuperação global no tráfego aéreo e, à medida que as restrições de viagem forem mais facilitadas, a região Ásia-Pacífico se tornará novamente um de seus principais impulsionadores. Estamos confiantes em uma forte recuperação no tráfego da região e esperamos que ele atinja os níveis de 2019 (pré-pandemia) entre 2023 e 2025", segundo o diretor comercial e chefe da Airbus International, Christian Scherer.