Empresa divulgou balanço do terceiro trimestre e aponta queda de 73% na receita
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 22/10/2020, às 13h00 - Atualizado às 15h58
American posterga a entrega de dezoito Boeing 737 MAX entre 2021 e 2024
A American Airlines divulgou o resultado financeiro do terceiro trimestre de 2020, com queda de 73% na receita, no comparativo com o mesmo período do ano passado, que foi de US$ 3,2 bilhões. O prejuízo líquido no trimestre foi de US$ 2,4 bilhões, um dos maiores na história da companhia.
Ainda que enfrente uma de suas mais graves crises, causada pela pandemia de covid-19, a American Airlines anunciou que trabalha para equilibrar a liquidez e preservar o caixa. A empresa foi forçada a rever em aproximadamente US$ 17 bilhões o orçamento operacional e de capital para 2020, assim como remanejamento do plano de frota.
Nos últimos seis meses a companhia aérea retirou de serviço mais de 150 aviões, muitos deixando definitivamente a frota, como os Boeing 757 e 767, Embraer 190, Bombardier CRJ200 e seus quinze Airbus A330-200. Outras aeronaves foram armazenadas temporariamente, o que inclui praticamente a totalidade dos modelos de grande porte, como os Boeing 777 e 787.
Além disso, a American Airlines chegou a um acordo com a Boeing para adiar as entregas de dezoito 737 MAX, programados para chegar entre 2021 e 2014. Além de evitar o recebimento dos aviões em um momento de baixa demanda, a suspensão das entregas permitirá uma folga de caixa nos próximos quatro anos.
A companhia ainda finalizou uma série de processos de sale-leaseback, onde após vender seus aviões os aluga imediatamente, permitindo alavancar recursos para honrar as entregas remanescentes dos Airbus A321.
Outro ponto importante, considerado o mais difícil pela American, foi a redução do número de funcionários, com a licença antecipada de 20.000 trabalhadores e a demissão de outros 19.000 no dia 1º de outubro.
Por fim, a companhia aérea ainda reduziu suas despesas de capital não relacionadas a aeronaves em US$ 700 milhões em 2020 e prevê outros US$ 300 milhões em 2021, realizado por meio de reduções de reformulação da frota, a eliminação de todas as novas compras de equipamentos, de serviço terrestre e a pausa em todos os investimentos não críticos em instalações e projetos de TI.