Problemas com o 737 MAX e com o 787 fizeram a Boeing ficar bem atrás da Airbus na pandemia de covid-19
Marcel Cardoso Publicado em 25/04/2022, às 09h05
Entre janeiro de 2020, quando os primeiros casos de covid-19 dispararam fora da China, e dezembro de 2021, a Airbus entregou 1.376 aeronaves, contra apenas 466 da Boeing.
O levantamento compilado foi divulgado no início de abril pelo site britânico especializado em finanças, Finbold. Se levados em conta os cinco últimos anos, o fabricante europeu leva vantagem, com 3.757 aviões contra 2.415 do rival, porém, entre 2017 e 2018, foi a Boeing que ficou à frente, mas com uma pequena margem de diferença.
Os últimos três anos foram decisivos para ratificar o domínio da Airbus, principalmente devido aos problemas com o Boeing 737 MAX, que ficou 20 meses inoperante em todo o mundo, após dois acidentes que vitimaram mais de 300 pessoas, além da interrupção das entregas com o 787 Dreamliner, por problemas de fabricação.
A Finbold ressalta que, em meio à recuperação que o fabricante norte-americano tem tido nos últimos meses, o recente embate judicial entre a Qatar Airways e a Airbus, por conta de supostos problemas na pintura do A350, pode favorecer a Boeing, ampliando a sua presença em importantes mercados do Oriente Médio, além dos Emirados Árabes, com a Emirates, maior cliente do 777 no mundo.