A Airbus entregou cerca de 10% a menos de aviões em setembro, na comparação ano x ano
Por Marcel Cardoso Publicado em 10/10/2024, às 09h26
Enfrentando dificuldades para acompanhar a crescente demanda, a Airbus apresentou, na última quarta-feira (9), seus números mais recentes de pedidos e entregas referentes a setembro.
No último mês, o fabricante entregou cinquenta aeronaves, uma redução de 9% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, o total de entregas nos nove primeiros meses do ano chegou a 497 unidades, um aumento de 2% em comparação ao ano anterior.
Em setembro, a Airbus anunciou 235 novos pedidos. Entre eles, 35 aviões da família A320neo, cinco A350-900 e cinco A350-1000. O relatório de pedidos inclui quinze A320neos para a CDB Leasing, além de 190 A321neo. Desses, setenta foram alocados para a Cebu Pacific, 65 para a CDB Leasing, e 55 para um cliente não revelado. Os clientes dos pedidos de fuselagem larga, incluindo os do A350, ainda não foram divulgados.
A Airbus mantém a meta de entregar 770 novas aeronaves em 2024, mesmo com os desafios em sua cadeia de suprimentos. Essa meta foi revisada em julho, reduzida do valor original de oitocentas unidades. A empresa citou a falta de motores e outros componentes essenciais, devido a problemas enfrentados por fornecedores terceirizados, que ainda lidam com a escassez de mão de obra e dificuldades em suas próprias cadeias de suprimentos.
Se a meta for atingida, representará um aumento de 11% nas entregas no último trimestre em comparação com o mesmo período de 2023. Havia a previsão de um aumento da produção da família A320neo para 75 aeronaves por mês até 2026, mas essa meta foi adiada para 2027. Atualmente, ela está em cerca de cinquenta aeronaves de corredor único por mês, porém, a da família A220, com base em Mirabel, no Canadá, enfrenta atrasos.