Air France-KLM estuda usar trens em rotas domésticas

Empresa recebeu do governo francês cerca de € 7 bilhões como apoio para pesquisa de requisitos de sustentabilidade

Por Gabriel Benevides Publicado em 29/05/2020, às 16h00 - Atualizado às 18h20

Uso de aviões em rotas domésticas na França e Holanda poderá se tornar coisa do passado no curto prazo

O grupo Air France-KLM está realizando uma série de estudos e projeções para tornar o uso de suas aeronaves mais ambientalmente responsáveis, analisando inclusive o uso de trens como alternativa para algumas de suas rotas domésticas.

Recentemente, o grupo recebeu do governo francês cerca de € 7 bilhões como um apoio para pesquisa dos requisitos de sustentabilidade necessários. Já do lado holandês, o apoio financeiro se encontra em negociação, podendo variar entre 2 a 4 bilhões de euros.

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Para os próximos meses, a empresa franco-holandesa deverá apresentar uma atualização da sua estratégia envolvendo medidas sustentáveis. A Air France, por exemplo, registrou prejuízos de € 200 milhões no ano passado e tais medidas poderão ajudar a companhia a rever as suas operações em algumas rotas domésticas, podendo aliviar a pressão sobre seu caixa e ainda reduzir o impacto ambiental.

Uso de trens rápidos pode ser uma solução para rotas regionais, mas enfrenta desafio da geração de energia elétrica limpa

O tema ambiental tem ganhado cada vez mais importância na comunidade europeia, com governos e sociedade ampliando a pressão sobre grandes emissores de poluentes atmosféricos, como empresas aéreas.

A Air France-KLM estima que muitas companhias aéreas poderão fechar as portas na Europa por conta da crise gerada pelo novo coronavírus, o que pode representar uma oportunidade para a consolidação de setores alternativos da aviação.

A o grupo aéreo disse que os seus níveis pré-crise não deverão ser recuperados antes de 2022. Entre as estratégias para economizar recursos estão a redução dos investimentos futuros em até um terço (€ 2,4 bilhões), além disso, a empresa também procura reduzir drasticamente os seus custos operacionais.

O transporte aéreo na Europa deverá ser um dos mais impactados pela crise da Covid-19, especialmente pelas pressões ambientais que devem ganhar novo fôlego após a pandemia.

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