GRU Airport deverá construir sistema que vai ligar linha 13 da CPTM aos terminais 1,2 e 3
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 09/08/2021, às 17h50 - Atualizado às 18h07
Sistema de transporte sobre trilho terá valor de construção e operação descontado do valor da outorga
Após três anos de análise, o projeto para a construção do “people mover” no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi aprovado e permitirá conectar os terminais de passageiros à Linha 13, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
O anúncio foi feito pelo secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, na sede Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em encontro com empresários paulistas. De acordo com Baldy, a Anac aprovou um aditivo que transfere a responsabilidade à concessionária GRU Airport, que administra o principal aeroporto brasileiro. Com isso, a empresa poderá gerenciar a construção do sistema.
Porém, a implantação ainda aguarda deliberação da Secretária de Aviação Civil
Inaugurada em 2018, a Linha 13 conecta o centro de São Paulo até as proximidades do Terminal 1, do aeroporto de Guarulhos. Todavia, o acesso só é possível através de uma linha circular de ônibus, tornando pouco ágil o uso do sistema sobre trilhos.
Ao contrário do sistema tradicional de monotrilhos, que são utilizados em projetos de maior densidade de pessoas, o people mover utiliza um modelo simplificado, com menor capacidade. Os trens são menores que os utilizados no monotriplo convencional. Normalmente o sistema é empregado em aeroportos, distritos urbanos com baixa demanda ou parques de diversão.
A expectativa ainda é que a Linha 13 seja ampliada, chegando ao bairro de Bonsucesso, nos arredores do aeroporto, onde vivem mais de meio milhão de habitantes.
Expectativa é que as obras durem aproximadamente dezoito meses
Em meados de maio de 2019 a obra estava orçada em R$ 175 milhões, com seu custo integralmente feito pela concessionária GRU Airport, que teria o desconto do valor na outorga devida ao Estado de São Paulo. A operação tem um custo anual estimado entre R$ 60 e R$ 70 milhões, que também será descontado da outorga. A expectativa é que a obra seja inicada nos próximos noventa dias, com duração de até dezoito meses.