A Associação Internacional de Transportes Aéreos criticou a decisão de restringir as operações no aeroporto Santos Dumont
A Associação Internacional de Transportes Aéreos, a Iata, criticou a Portaria que restringirá as operações no aeroporto Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro.
Em nota divulgada hoje (15), a entidade disse que os impactos negativos afetarão toda a cadeia do transporte aéreo e a conectividade da capital fluminense, além de comprometer a segurança jurídica do país, o que constitui um ‘péssimo precedente’ de restrições e reduz a atratividade do mercado brasileiro.
“A determinação de restrições de voos ao Aeroporto SDU está em desacordo com as regras internacionais e deve frear a oferta de voos para a cidade do Rio de Janeiro em seus dois aeroportos”, diz um trecho da nota.
Na última semana, Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines, em entrevista a Globo News, defendeu que o direito de decidir sobre o destino para o qual o passageiro deseja viajar seja do passageiro. Peter Cerda, vice-presidente regional da Iata para as Américas, está praticamente alinhado a este discurso.
“O direito do passageiro de escolher para onde voar não deve ser limitado por decisões que definam os destinos de um aeroporto. (...) A decisão sobre os destinos a partir do Santos Dumont deve ser uma escolha individual dos passageiros", disse Cerda.
A partir de 2 de janeiro de 2024, o SDU somente ofertará voos para destinos a um raio de 400 km, exceto para aeroportos internacionais. Conforme AERO Magazine informou, tendo como referência a malha atual, somente haverá partidas para os terminais de Congonhas (CGH), em São Paulo, e de Campos dos Goytacazes (CAW), no norte fluminense. As demais operações, teoricamente, deverão ser transferidas para o Galeão (GIG).
Gol Linhas Aéreas e Latam Airlines já anunciaram realocações de voos de/para o Rio de Janeiro, enquanto a Azul Linhas Aéreas ainda não se manifestou sobre o caso.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/08/2023, às 10h03
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