South African Airways, principal companhia aérea da África do Sul, não está mais insolvente, afirmou o governo do país
O governo da África do Sul informou ao parlamento do país que a South African Airways (SAA) não está mais insolvente, o que significa que a companhia aérea está tecnicamente conseguindo arcar com seus compromissos financeiros.
Em uma apresentação por videoconferência, na última quarta-feira (15), o diretor-chefe de empresas estatais sul-africano, Ravesh Rajlal, disse a um órgão de fiscalização parlamentar que a SAA tinha um patrimônio líquido de US$ 55,4 milhões (R$ 289,1 milhões) em 31 de dezembro de 2022 e que houve uma redução significativa do prejuízo líquido do grupo controlador entre o segundo e o quarto trimestre do ano passado, de US$ 35,3 milhões (R$ 184,2 milhões) para US$ 2,7 milhões (R$ 14,1 milhões).
O anúncio veio quase dois anos depois da companhia ter saído do processo de recuperação judicial, iniciado em dezembro de 2019, culminando com o retorno dos voos comerciais, em setembro de 2021. No mesmo ano, um acordo de privatização de 51% da SAA foi anunciado, mas até hoje está sob análise dos reguladores locais.
A Mango Airlines, subsidiária do grupo, está à venda. Segundo o seu CEO, um investidor estaria interessado em adquiri-la, mas o negócio somente poderá ser fechado após o aval do Ministério de Empresas Públicas sul-africano, que tem recebido pressão para tomar a decisão.
A SAA está com as operações suspensas no Brasil desde fevereiro de 2020, quando mantinha frequências semanais entre Joanesburgo (JNB) e São Paulo (GRU).
Por Marcel Cardoso
Publicado em 17/02/2023, às 09h11
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