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Por desvios, a China vai cortar os subsídios das companhias aéreas

Empresas aéreas da China reduziram voos quando começaram a receber suporte financeiro


Compensação de até R$ 17 mil/hora de voo era paga às companhias aéreas chinesas - Divulgação
Compensação de até R$ 17 mil/hora de voo era paga às companhias aéreas chinesas - Divulgação

A Administração da Aviação Civil da China (Caac) vai suspender subsídios concedidos recentemente a companhias aéreas do país, como uma forma de compensação pelos prejuízos causados pela nova onda de covid-19 ao setor.

O fundo havia sido anunciado pelo governo no último dia 21 de maio e previa o pagamento de até 24 mil yuans (R$ 17 mil) por hora de voo, mas desde que o benefício começou a ser concedido, a oferta de voos foi reduzida, quando deveria acontecer o oposto.

Especialistas desconfiam que as companhias aéreas da China estariam reduzindo a oferta intencionalmente, como uma forma de simplesmente arrecadar os subsídios. Entre os dias 18 e 20 de maio, a média de voos diários no país era de pouco mais de 4.600, passando para pouco mais de 4.100 após o aporte financeiro ter sido concedido.

Segundo o site especializado Caixin Global, a Caac notificou as empresas que a política será suspensa entre o próximo sábado (4) e o dia 10, mas não se sabe se a medida será temporária ou definitiva.

No auge da crise sanitária a maioria dos países concedeu benefícios financeitos e fiscais para as companhias aéreas, visando evitar um colapso do setor. Entre abril e junho de 2020, pico da pandemia, quase a totalidade dos voos comerciais de passageiros foram cancelados no mundo. Diversas empresas aéreas receberam suporte estatal, muitas vendendo parte de seu capital para a União, como forma de garantir o pagamento do valor devido no futuro. Em outros casos, como nos Estados Unidos, os fundos foram oferecidos com taxas quase zero e prazos de longa duração.

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Marcel Cardoso
Publicado em 01/06/2022, às 06h10


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