Missão recoloca humanidade na exploração profunda do espaço
A NASA (National Aeronautics and Space Administration) irá lançar às 10h05 (Brasília) o foguete pesado Delta IV com a capsula Orion.
Embora nenhum astronauta esteja abordo, evento marca a retomada do programa espacial para levar astronautas para além dos limites da órbita terrestre, algo que não ocorre desde o final do programa Apollo, em 1972. A primeira missão tripulada da Orion deverá acontecer no início da próxima década e pode abrir as portas para a exploração de Marte.
O programa Orion Multi-Purpose Crew Vehicle (MPCV) é um projeto para uma nave espacial, baseada em cápsula, desenvolvida para exploração humana do espaço profundo, sendo derivado do Programa Constellation, cancelado em 2010. Inicialmente um dos objetivos do projeto era retomar as missões para a Lua, mas o elevado custo aliado a crise financeira mundial, levou o presidente Barack Obama a cancelar o projeto. Entretanto, o Congresso aprovou o orçamento para o desenvolvimento de uma nave multipropósito e de um programa privado para apoiar missões da estação espacial.
Embora dentro de um projeto mais conservador, em relação ao Constellation, o programa Orion poderá levar o homem de volta a Lua, até meados de 2030, além de permitir viagens até Marte ou mesmo asteroides. A primeira missão tripulada da Orion está prevista para o começo da próxima década, e tem como objetivo final pousar um veículo com astronautas em Marte.
“Quinta-feira será o começo dessa jornada”, afirmou o chefe do programa Orion Mark Geyer em entrevista coletiva na sede da agência, na última terça-feira (02).
O retorno a Lua dependerá exclusivamente da disponibilidade de orçamento, já que a nave foi projetada para atender uma série de missões no espaço profundo. O custo do lançamento experimental é de US$ 375 milhões e tem como objetivo validar o desempenho de todos os sistemas, incluindo sistemas de separação dos estágios, aviônicos, comunicação, blindagem térmica, sistema de pouso, etc.
O foguete levará a Orion até uma distância de 5.793 km da superfície, já próximo ao espaço profundo Como comparação, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) está numa órbita aproximada de 400 km.
A Orion deverá reentrar na atmosfera com velocidade de 32.000 km/h e deverá pousar no Oceano Pacífico. Após o final da viagem, a cápsula será levada de volta ao Cabo Canaveral, onde os engenheiros vão analisar todos os parâmetros físicos e de telemetria.
A próxima viagem experimental da Orion deve acontecer apenas em 2018.
Abaixo imagem comparativa entre a Apollo e a Orion
Redação
Publicado em 04/12/2014, às 00h00 - Atualizado às 02h29
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