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IATA pede que Venezuela honre compromissos

Governo retém mais de US$ 3,9 bilhões em diferença tarifária


A IATA (International Air Transport Association) pediu formalmente ao governo venezuelano urgência para honrar o compromisso, assumido em março, para permitir a repatriação de US$ 3,9 bilhões referente a diferença de câmbio. Os recursos são provenientes da venda de bilhetes na Venezuela e estão sendo retidos pelo governo em violação as convenções internacionais.

“A situação é inaceitável. Em março, o governo venezuelano prometeu que iria liberar o dinheiro para o repatriamento em taxas de câmbio de mercado. Desde então, tem havido muito pouco progresso”, disse Tony Tyler, diretor geral e CEO da IATA. “As companhias aéreas estão empenhadas em servir o mercado venezuelano, mas elas não podem sustentar as operações por tempo indeterminado” concluiu.

Durante todo o mês de abril o governo venezuelano fez várias ofertas para liberar parte dos fundos, mas sempre com taxas de câmbio inferiores ao acordado, ou ainda com descontos arbitrários. Estas ações contradizem os compromissos anteriores e foram rejeitadas pelas companhias aéreas.

Um total de 24 companhias aéreas estão sendo afetadas pelo controle cambial venezuelano. Até o final de 2013, o montante bloqueado era de US$ 3,5 bilhões, cifra que atualmente já ultrapassa os US$ 3,9 bilhões. A situação ainda tem sido agravada por outros encargos e impostos que não estão alinhados com as políticas da ICAO (International Civil Aviation Organization). Além disso, em dezembro de 2013, as taxas aeroportuárias tiveram um aumento de 70%, sem que qualquer melhoria nos serviços fosse sentida.

Redação
Publicado em 29/04/2014, às 15h00 - Atualizado em 30/04/2014, às 06h25


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