Boeing 737 MAX 7 deve receber certificação nos próximos meses, entrada em serviço está prevista para 2024
A Administração de Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA), deve concluir ainda este ano o processo de certificação do Boeing 737-7, menor versão da família de aviões de fuselagem estreita MAX.
A provável aprovação do modelo acontecerá em meio aos esforços da Boeing para estabilizar sua produção, frente os desafios de qualidade que afetam as entregas do 737 MAX, seu principal produto.
Com o sinal verde da FAA, as entregas da versão -7 devem ser iniciadas em 2024, com a Southwest Airlines recebendo os primeiros exemplares da aeronave que terá capacidade para até 172 passageiros com alcance de 3.800 nm, ou 7.040 quilômetros.
A empresa previa que tanto a aprovação como as entregas da variante seriam concretizadas ainda este ano, mas mudanças regulátorias foram impostas depois que dois acidentes fatais com o MAX, ocorridos na Indonésia e na Etiópia, mataram 346 pessoas, em 2018 e 2019.
Em setembro passado, a FAA concedeu uma inseção no sistema do 737-7, permitindo que a aeronave seja aprovada sem as atualizações nos computadores que gerenciam uma possível entrada em estol.
O sistema denominado Stall Management System, terá que ser atualizado até 2027, quando todas aeronaves MAX devem sair de fábrica já com o novo sistema.
"A FAA determinou que a concessão desta isenção manterá um nível aceitável de segurança durante o tempo limitado que levará para desenvolver e instalar uma alteração de design", diz a agência
A Boeing também pretende iniciar a campanha de testes do 737-10, a maior versão da história do jato de corredor único. A fabricante e os reguladores estão concluindo a leitura da documentação para dar início aos voos.
A certificação do -10 é esperada para 2024, com sua entrada em serviço prevista para o ano seguinte. A variante é a segunda mais vendida do programa 737 MAX, sendo superada pelo modelo básico -8.
Enquanto realiza reparos e aumenta o escopo de inspeção nas fuselagens do 737, produzidas pela Spirit AeroSystems, a Boeing reduziu sua previsão de entregas para o ano inteiro de 2023.
A empresa espera entregar de 375 a 400 unidades, frente estimativa anterior de 400 a 450 aviões, além de 70 a 80 novos Dreamliners. Já os planos para aumentar o ritmo de produção foram mantidos, 38 unidades do 737 e cinco exemplares do 787 serão produzidos por mês.
No final de setembro, a carteira de pedidos da Boeing totalizava mais de 5.100 aviões comerciais, no valor de US$ 469 bilhões.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 27/10/2023, às 13h20
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