A Boeing anunciou que em breve pode encerrar a produção de 747
Há 45 anos, o primeiro 747 começou a transportar passageiros e a KLM iniciou sua operação comercial. Desde então, o icônico Jumbo transportou milhões de passageiros com conforto e segurança. No entanto, parece que seus dias estão contados.
Em meados do ano passado, executivos da Boeing revelaram que a empresa poderia encerrar a produção do 747 – à exceção de reposições para os dois VC-25A presidenciais (conhecidos como Air Force One). Caso, é claro, que o plano não seja extinto pela administração Donald Trump.
Mesmo o Airbus A380, muito maior, pode já ter passado por seu pico de vendas. O consórcio europeu investiu US$ 25 bilhões para o desenvolvimento do maior avião de passageiros, pórem apenas 319 foram encomendados, enquanto 1.500 Boeing 747 já foram encomendados.
A explicação para o crescente desinteresse pelos Jumbo se encontra na economia: sua operação é muito onerosa, quando comparada com jatos mais novos, como o 787 e o A-350. Para lotar um avião com 800 lugares é necessário um tráfego intenso. Operar um Jumbo em substituição a dois jatos menores significa oferecer menos opções para o passageiro. O A380 é adequado para companhias aéreas que privilegiam operações hub-and-spoke como a Emirates. É importante lembrar que companhias aéreas rivais podem voar sem escalas a cidades distantes até 15.000 km, utilizando jatos menores.
Ernesto Klotzel
Publicado em 20/01/2017, às 18h41 - Atualizado às 18h45
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