Nova rodada de sanções contra a Rússia pode levar a Ucrânia receber um Antonov An-124 apreendido no Canadá
O governo do Canadá planeja enviar um Antonov An-124, que pertence a empresa aérea russa Volga-Dnepr Airlines, para a Ucrânia como parte de um novo pacote de sanções impostos a Rússia.
A informação ganhou destaque com uma postagem do primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, dizendo que uma das novas sanções canadenses é confiscar o An-124, que foi apreendido em fevereiro de 2022, bem como outros bens de empresas russas e transferi-los para a Ucrânia.
Autoridades ucranianas estão em viagem pela América do Norte, onde têm encontrado importantes membros de governo, como o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
O An-124 em questão está retido no aeroporto internacional de Toronto Pearson, desde fevereiro de 2022, quando o governo do Canadá fechou seu espaço aéreo para aviões russos, em resposta à invasão da Ucrânia.
A permanência do Antonov em solo canadense também tem gerado custos com as taxas de estacionamento em torno de US$ 1.600 por dia (aproximadamente R$ 9.700), que totalizam cerca de US$ 683.000 (R$ 3,4 milhões). O elevado valor das despesas também foi usado como argumento para agora apreender formalmente o avião.
Russian registered Antonov An124 is now parked on Taxiway N in Toronto. It will sit here indefinitely. They planned a departure this morning,since cancelled.Arrived on Sunday from China via Russia & Anchorage. Russian aircraft are banned in Canadian airspace.
— Tom Podolec Aviation (@TomPodolec) February 28, 2022
Volga-Dnepr RA-82078 https://t.co/OGXNFInAQUpic.twitter.com/3rfxhRDUs5
Caso o Canadá conclua a entrega do Antonov para a Ucrânia, este será o maior avião já entregue ao governo ucraniano desde o começo da guerra. Todavia, é pouco provável que o An-124 seja operado pela força aérea ucraniana, com a entrega para a Antonov Airlines, que teve ao menos um An-124 destruído em Kiev, sendo possivelmente a operadora final.
Após um ano de conflito alguns entraves no fornecimento de aeronaves foram quebrados, em destaque o envio de caças MiG-29 pela Eslováquia e Polônia.
Redação
Publicado em 18/04/2023, às 11h55
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