Armado com mísseis um caça J-11 chinês ficou a apenas 150 metros de um P-8 Poseidon dos EUA que voava sobre o Pacífico
Um caça J-11 chinês, armado com mísseis ar-ar, inteceptou um P-8 Poseidon da Marinha dos Estados Unidos (US Navy, na sigla em inglês) em voo sobre o Mar da China Meridional.
O caso ocorreu no último dia 24, quando o avião norte-americano transportava uma equipe de jornalistas da CNN.
O P-8 voava próximo e das contestadas Ilhas Paracel, um grupo de cerca de 130 pequenas ilhas, o maior dos quais abriga bases militares chinesas que após sua construção despertou críticas de vizinhos, que consideram que a China ultrapassou seus limites martítimos legais.
This was my view of a Chinese J11 fighter jet about 500ft off the wing of a U.S. Navy surveillance plane…that was intercepted today over the South China Sea after stern radio warnings from #China’s PLA. We’ll take you on board the P8 on @NBCNightlyNews@NBCNews… pic.twitter.com/knbl4CC7V9
— Janis Mackey Frayer (@janisfrayer) February 24, 2023
"O caça chinês estava tão perto que a tripulação da CNN pôde ver os pilotos virando a cabeça para olhá-los – e conseguiu distinguir a estrela vermelha nas aletas da cauda e os mísseis com os quais estava armado", afirmou a CNN.
Segundo relatos da US Navy, o J-11 ficou aproximadamente 150 metros do avião, com ambos voando em águas internacionais.
A presença da China ao lado do P-8 durou aproximadamente 15 minutos e não houve resposta do piloto chinês as tentativas de comunicação da tripulação norte-americana. A única comunicação foi durante a abordagem, onde o caça informou a aproximação dos limites territoriais chineses.
“Aeronave americana, o espaço aéreo chinês é de 12 milhas náuticas. Não se aproxime mais ou você assume toda a responsabilidade”, reportou o J-11.
Esta não é a primeira vez que um avião militar de Pequim realiza uma grande aproximação com aeronaves militares dos Estados Unidos. Em dezembro de 2022, um avião de reconhecimento RC-135 foi interceptado por um caça chinês, mantendo uma abordagem considerada hostil.
"O piloto da força aérea chinesa realizou uma manobra insegura ao voar na frente e a 20 pés (cerca de 6 metros) do nariz do RC-135, forçando o RC-135 [sic] a fazer manobras evasivas para evitar uma colisão", relatou a época em nota o oficial da força aérea norte-americana.
Por André Magalhães
Publicado em 27/02/2023, às 09h35
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