Boeing fatura US$ 22,7 bi no 2.º trimestre com 150 entregas, mas fecha primeiro semestre com prejuízo de US$ 643 milhões
A Boeing divulgou nesta terça-feira (29), os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, reportando prejuízo de US$ 643 milhões, valor equivalente a R$ 3,6 bilhões, cerca de um terço do registrado no mesmo período do ano anterior.
O fabricante registrou receita de US$ 22,7 bilhões (R$ 127,1 bilhões), impulsionado pela entrega de 150 aeronaves comerciais. O desempenho refletiu avanços na produção e maior volume de entregas, especialmente no programa 737, que atingiu taxa mensal de 38 unidades. O backlog consolidado da companhia atingiu US$ 619 bilhões (R$ 3,46 trilhões), com mais de 5.900 aviões comerciais pendentes de entrega.
No segmento de aeronaves comerciais, a receita foi de US$ 10,9 bilhões (R$ 61 bilhões), com margem operacional negativa de 5,1%. Além das 150 entregas no trimestre, a Boeing registrou 455 encomendas líquidas, incluindo 120 unidades do 787 e 30 do 777-9 para a Qatar Airways, além de 32 787-10 para a British Airways. A empresa pretende estabilizar a produção do 737 antes de pleitear aumento para 42 unidades mensais ainda este ano.
A divisão de Defesa e Segurança teve receita de US$ 6,6 bilhões (R$ 36,9 bilhões). Destaque para a adjudicação de contrato com a Força Aérea dos EUA para quatro aeronaves T-7A Red Hawk e o início dos testes em solo do MQ-25 Stingray da Marinha americana. O backlog do setor subiu para US$ 74 bilhões (R$ 413,8 bilhões), com 22% de clientes fora dos EUA.
A empresa informou que segue focada na estabilização operacional e na confiança do mercado. “Estamos vendo os efeitos das mudanças fundamentais que fizemos em segurança e qualidade”, disse Kelly Ortberg, CEO da Boeing, destacando o compromisso com a recuperação no segundo semestre de 2025.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 29/07/2025, às 09h14
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