Aniversário de 149 anos do nascimento de Santos Dumont teve presença dos aviões brasileiros da FAB que voaram sobre Brasília
Os principais aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) produzidos no Brasil voaram juntos hoje (21) em homenagem aos 149 anos de nascimento do Alberto Santos Dumont.
Eram aproximadamente 10h20, quando aeronaves da FAB iniciaram os sobrevoos na base aérea de Brasília, com a formação liderada pelo Embraer KC-390, escoltado inicialmente por um F-5M (modernizado pela Embraer) e um A-1 AMX, enquanto o um segundo grupo foi formado pelo E-99, R-99 e ERJ 135.
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Em outro momento, o KC-390 retornou com dois A-1 AMX voando em ala, seguido de três jatos da Embraer derivados da família de aviões regionais ERJ 145, que foram sucesso de vendas no mercado internacional nos anos 1990 e 2000.
Um fato curioso, está relacionado a fabricação das aeronaves, que com exceção dos F-5M, todos são de produção nacional, o que valoriza e demonstra a capacidade da indústria brasileira, inspirada em Santos Dumont.
Na cerimônia, que contou com a presença do comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro Baptista Jr, foram entregues 157 Medalhas do Mérito Santos Dumont. A premiação é concedida a militares e civis que prestam serviço à Aeronáutica brasileira, ou por suas qualidades ou seu valor, em relação ao meio aeronáutico.
No Brasil, Santos Dumont é reconhecido como Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica, justamente por seus feitos aeronáuticos na França.
Antes mesmo do lendário voo do mais-pesado-que-o-ar, com 14 Bis em 1906, Santos Dumont já impressionava a todos com suas conquistas ousadas. Em 19 de outubro de 1901, o aeronauta brasileiro fez um histórico voo com um dirigível em volta a Torre Eiffel, solucionando uma equação que aprecia impossível, a dirigibilidade dos balões. Os trabalhos com dirigíveis foram seus feitos mais simbólicos e desafiadores.
Depois de vários estudos e "missões" com balões e dirigíveis, Santos Dumont focou no desafio de viabilizar o voo com um veículo mais-pesado-que-o-ar. Depois de muitas pesquisas e testes fracassados, o brasileiro construiu uma aeronave com uma fuselagem longa, com a nacele do balão número 14 na parte de trás, um motor de oito cilindros de apenas 50 hp, e para as asas escolheu uma estrutura em caixa e adotou uma configuração similar aos biplanos.
A primeira tentativa de voo ocorreu em 21 de agosto de 1906, mas sem êxito. Foi necessário buscar um motor melhor e realizar alguns pequenos refinamentos no projeto. No dia 13 de setembro, um novo voo, mas um violento pouso logo após sair uns centímetros do chão acabou por danificar o trem de pouso e a hélice da aeronave.
Finalmente no dia 23 de outubro, no Campo de Campo de Bagatelle, nos arredores de Paris, foi realizado o primeiro voo do 14 Bis, que voou por 60 metros e fez um pouso perfeito. Estava comprovado na França que a ideia de voar com uma máquina mais-pesada-que-o-ar era viável.
Por André Magalhães
Publicado em 22/07/2022, às 14h40 - Atualizado às 14h44
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