Tudo pela fusão

Avianca quer abrir mão de boa parte de slots

Avianca quer abrir mão de boa parte de slots no principal aeroporto da Colômbia, em troca da fusão com a Viva Air

Fusão da Avianca com a Viva Air foi anunciada em abril, mas inicialmente rejeitada por reguladores - Divulgação

A Avianca e a Viva Air apresentaram ontem (23) um recurso às autoridades regulatórias da Colômbia, propondo condições para que a fusão entre as companhias aéreas, anunciada em abril, possa enfim ser aprovada.

Uma das principais propostas é a devolução de um percentual significativo de slots do principal aeroporto do país, o El Dorado (BOG), em Bogotá, permitindo que outras companhias possam ampliar sua presença no terminal. Além disso, as partes se comprometeram a manter tanto a marca ‘Viva Air’, quanto o serviço de baixo custo (low cost) oferecido por esta, mantendo parte de sua frota e as rotas que são feitas com exclusividade.

“Estamos abertos e dispostos a continuar construindo a história da Colômbia e contribuir para o fortalecimento do mercado aéreo para que o país esteja cada vez mais e melhor conectado”, segundo o CEO e presidente da Avianca, Adrian Neuheuser. “Por isso, colocamos na mesa diferentes alternativas para que o poder público possa estudá-las com vistas a proteger o maior número de empregos formais.”

Como AERO Magazine informou, a fusão da Avianca e da Viva Air foi barrada por reguladores colombianos no início de novembro, depois que um estudo apontou que o negócio representa um risco à concorrência para a aviação comercial do país, prejudicando os passageiros e que a união das companhias aéreas iria representar cerca de 94% do mercado colombiano, o que representaria um retrocesso aos níveis alcançados há sete anos.

Não há previsão para que haja um novo parecer da Aerocivil, com a análise das mais recentes propostas, seja divulgado.