Força Aérea esclarece variação do valor do contrato fo F-X2
O Comando da Aeronáutica, através do Centro de Comunicação Social, divulgou nota em relação a polemica com os valores do contrato do Gripen NG. Segundo a Força Aérea o contrato foi firmado em coroas suecas, o que pode sofrer variações em relação ao dólar, mas sem ônus ao país.
Abaixo a nota completa:
Com relação às recentes matérias publicadas na imprensa sobre o contrato de compra dos caças Gripen NG, este Centro esclarece que:
1. O Comando da Aeronáutica não reconhece que houve irregularidades no processo de aquisição dos caças Gripen NG, e está pronto para prestar os esclarecimentos necessários às autoridades competentes.
2. Em janeiro de 2009, a proposta final foi apresentada pela empresa Saab no valor de US$ 4,531 bilhões.
3. Em 18 de dezembro de 2013, o Governo Brasileiro anunciou a empresa Saab como vencedora para equipar a Força Aérea Brasileira com novos caças. A partir de então, o Comando da Aeronáutica e a Saab iniciaram as tratativas para a formalização do contrato, momento este em que foram realizadas atualizações, tendo em vista a defasagem tecnológica do período (2009 a 2013).
4. Em 24 de outubro de 2014, o contrato de aquisição das 36 aeronaves Gripen NG foi firmado em coroas suecas, em um valor total de SEK 39.882.335.471,65, conforme publicado no Diário Oficial da União de 27 de outubro de 2014. Além das 36 aeronaves, o contrato inclui apoio e suporte logístico, simuladores de voo e sistemas embarcados (como radar, Wide Area Display - WAD, guerra eletrônica, etc).
5. Naquela data (24 de outubro de 2014), o valor de coroas suecas correspondia a US$ 5.4 bilhões. Porém, hoje, o valor equivale a cerca de US$ 4.6 bilhões, já que o contrato foi firmado em coroas suecas e houve significativa variação na taxa de câmbio entre as moedas (dólar americano x coroa sueca). A taxa de conversão utilizada foi a do Banco Central do Brasil.
6. Cabe destacar que o novo caça vai atuar na Defesa Aérea Brasileira por, no mínimo, 30 anos.
Por fim, este Centro enfatiza que o processo de aquisição em questão envolve mais de 30.000 páginas de estudos técnicos pautados na valorização dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (offset) e transferência de tecnologia.
Redação
Publicado em 10/04/2015, às 16h00 - Atualizado às 16h43
+lidas