Nova York está entre cinco destinos mais rentáveis da aviação comercial em todo o mundo
Por Edmundo Ubiratan | Imagens: Divulgação Publicado em 23/08/2019, às 12h00 - Atualizado às 12h52
Em 2017 pela primeira vez uma rota gerou receitas superior a US$ 1 bilhão para uma companhia aérea. O valor é superior ao faturamento da maioria das empresas aéreas do mundo e foi obtida apenas na ligação entre Londres e Nova York.
Não é difícil imaginar que a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, seja o destino mais cobiçado por empresas aéreas de todo o mundo. Mesmo com as mudanças na economia e política mundial nos últimos vinte anos, a cidade norte-americana continua sendo a capital financeira global. Do outro lado do Atlântico, Londres continua sendo um importante centro de distribuição de passageiros, aliado ao fato da cidade ser o maior centro financeiro da Europa. Apenas no último ano fiscal a ligação entre o aeroporto londrino de Heathrow e o John F. Kennedy, em Nova York, gerou para a British Airways aproximadamente R$ 4,7 bilhões em receitas.
Segundo um complexo levantamento realizado pela empresa de inteligência e informação OAG, o dinâmico mercado de aviação regular mostra que algumas rotas apresentaram melhora 10% na receita/por hora entre abril de 2018 e março de 2019. A principal delas está justamente a ligação entre Heathrow e o JFK, onde a receita cresceu US$ 27.159 por hora, no período. Outras ligações mesmo continuando altamente lucrativas demonstro menor receita no período, parte explicado pela maior concorrência, em especial de empresas de baixo custo. Um exemplo é a ligação Toronto – Vancouver, no Canadá, onde a receita da Air Canada foi de US$ 11.936 por hora.
“Para cada companhia aérea, existe uma pequena seleção de rotas lucrativas em que a vantagem competitiva, as condições de mercado ou a concorrência limitada geram receitas muito atraentes”, afirma a OAG. “São as rotas que são ‘protegidas’ a todo custo”.
Isso explica, em partes, a grande disputa de empresas aéreas para operarem no aeroporto de Heathrow, incluindo companhias não-britânicas, como a norueguesa Norwegian Air que opera voos diários entre Londres e Nova York, com um modelo de ultrabaixo custo.
De acordo com a OAG, das 10 mais rentáveis ligações para a América do Norte, 7 são para Nova York, sendo que metade são para aeroporto John F. Kennedy. Entre voos domésticos, a ligação entre Nova York e Los Angeles aparece duas vezes entre as rotas mais rentáveis para a American Airlines e para a Delta Air Lines.
A Ásia, a região com maior crescimento do mundo, os voos entre Cingapura e Jacarta, na Indonésia, se destaca como mais rentável por hora de voo. Curiosamente mesmo sendo uma rota internacional, a linha é considerada um destino regional e também o voo mais rentável do mundo, gerando receitas por hora voada de US$ 39.000 para a Singapore Airlines.