Órgão voltou a fazer duras críticas às decisões de governos
Marcel Cardoso Publicado em 08/12/2021, às 16h05 - Atualizado às 16h22
Iata classificou as medidas como uma 'bagunça descoordenada' | Foto: Infraero/Divulgação
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) exigiu, nesta quarta-feira (8), que os governos sigam o conselho da Organização Mundial da Saúde (OMS) e rescindam imediatamente as proibições de viagem que foram introduzidas em resposta à variante ômicron do coronavírus.
Segundo a OMS, "as proibições não impedirão a propagação internacional, e colocam um fardo pesado sobre vidas e meios de subsistência. (...) Todos os países devem garantir que as medidas sejam regularmente revisadas e atualizadas quando novas evidências estiverem disponíveis sobre as características epidemiológicas e clínicas da Omicron ou quaisquer outras variantes de preocupação."
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O órgão ainda pontuou que as medidas restritivas precisam ser feitas após um processo minucioso de avaliação de riscos informado pela epidemiologia nos países de partida e destino e pelo sistema de saúde e capacidades de saúde pública nos países de partida, trânsito e chegada.
A Iata instou os governos a reconsiderarem todas as medidas adotadas contra a ômicron. "O objetivo é afastar-se da bagunça descoordenada, ausente, sem risco que os viajantes enfrentam. Como os governos concordaram na Icao e em consonância com o conselho da OMS, todas as medidas devem ser orientadas e regularmente revisadas. É inaceitável que decisões precipitadas tenham criado medo e incerteza entre os viajantes", disse o diretor geral da Iata, Willie Walsh.
O apelo foi feito um dia depois do governo brasileiro ter decidido que erá exigido de estrangeiros um teste RT-PCR negativo realizado em até 72 horas antes do embarque para o Brasil ou quarentena de cinco dias para os não vacinados, seguido do teste negativo, sem mencionar a exigência de comprovação vacinal.