Um ano após grave incidente, mais de 50 Boeing 777 permanecem sem voar

Pouco avançou nas investigações sobre as causas do problema no motor PW4077

Marcel Cardoso Publicado em 21/02/2022, às 13h30

Aeronave seguiria para o Havaí, com 239 pessoas a bordo - Hayden Smith

Um ano depois que um dos motores PW4077 de um Boeing 777-200 (N772UA) da United Airlines teve uma falha não contida durante a decolagem de Denver (DEN), no Estado norte-americano do Colorado, pouco se sabe sobre as reais causas do grave incidente.

Em 20 de fevereiro de 2021, a aeronave cumpria o voo UA328, com destino a Honolulu (HNL), no Havaí, com 239 pessoas a bordo, quando houve a ocorrência. Partes do motor, após a explosão gerada pela falha, caíram em vias da localidade de Bloomfield, perto do aeroporto, mas sem deixar vítimas. Cerca de 20 minutos depois, o avião retornou em segurança.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (Ntsb) ainda está investigando as causas da falha. Na ocasião, uma equipe coletou destroços do motor espalhados pela região. Posteriormente, foi divulgado um relatório preliminar que determinou que fans das lâminas fraturadas teriam sido a causa. Em seguida, a Administração Federal de Aviação (FAA) emitiu uma Diretiva de Aeronavegabilidade (DA) emergencial, pedindo investigações mais detalhadas. Em dezembro, o órgão propôs mudanças nos motores PW4077, mas nada avançou e o relatório final ainda não foi divulgado. 

Em paralelo, a United Airlines está respondendo a uma avalanche de processos judiciais de passageiros do UA328 e de moradores de Bloomfield, pleiteando danos morais e materiais. Em janeiro, um deles foi arquivado após um acordo, não detalhado, com a companhia aérea. 

Ao todo, 52 aeronaves com os mesmos motores do incidente estão inoperantes e sem prazo para voar novamente.

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