Após terem aposentados na Itália os últimos AMX serão operados apenas pelo Brasil até a chegada dos Gripen
Por André Magalhães Publicado em 13/09/2022, às 09h40
A força aérea italiana confirmou que planeja aposentar seus últimos AMX nos próximos dois anos. O comunicado partiu do comandante da 51ª Ala de Istrana, Emanuele Chiadroni, que afirmou que aviões de ataque serão substituidos pelos Eurofighter Typhoon.
Embora o Typhoon seja maior e mais capaz que os AMX, a intenção da Aeronautica Militare (Força Aérea da Itália) é usar as capacidade multimissão do jato, que pode realizar ataques ao solo e interdição.
Atualmente, segundo dados levantados pelo World Air Forces 2022, os italianos operam 31 unidades do AMX monoposto e cinco da versão biposto.
A aposentadoria do AMX, ou Ghibli como também é conhecido, deixa apenas o Brasil como operador do modelo, chamado pela FAB de A-1 AMX.
O AMX é um projeto ítalo-brasileiro, desenvolvido entre a Aeritalia (hoje Alenia Aerospazio)-Aermacchi e a Embraer, durante a década de 1980.
O ponto de destaque o AMX é sua suíte eletrônica, muito avançada para a época, o que permitia um aumento de redundância e capacidade, considerados um diferencial em combate.
O foco principal da aeronave é o ataque ar-solo, mas pode ser empregado em missões de reconhecimento, como é feito pela própria FAB.
Apesar de ser um aeronave capaz de atacar alvos terrestre, o caça tem capacidade defensiva, contando com contramedias chaff/flares e pode ser equipado com mísseis ar-ar por infravermelho, além de contar com canhão duplo. O arsenal de armamentos do AMX é variável, podendo emprgar bombas comuns, ou guiadas a laser.
No Brasil o AMX foi responsável por capacitar a Embraer no desenvolvimento de aviões a jato e na integração de sistemas complexos.