Armamento antitanque da Ucrânia empregado no abate é de produção nacional
Por André Magalhães Publicado em 05/04/2022, às 14h09
Nesta terça-feira (5), um helicóptero Ka-52 Alligator foi abatido na Ucrânia com um míssil antitanque, em um ataque pouco convencional contra aeronaves. Em um vídeo que está circulando as redes sociais é possível ver o helicóptero sendo destruindo por um Stugna-P ATGM.
VIDEO: Ukrainian forces shoot down Russian helicopter with Stugna-P anti-tank missile. - @Kochevenko pic.twitter.com/jlbtMPXigy
— Conflict News (@Conflicts) April 5, 2022
Na filmagem, onde é mostrado o monitor de vídeo, observa-se o disparo e o abate do helicóptero que estava em voo pairado.
Ao que consta este pode ter sido primeiro caso de um helicóptero ser destruído por um Stunga-P, neste conflito. Os combates que começaram em fevereiro têm sido apoiados com intenso uso de armas portáteis por parte dos ucranianos, mas o uso de uma arma antitanque torna ainda mais curioso este fato.
Outra questão interessante é sobre o próprio Stugna –P, um armamento de produção ucraniana. A arma antitanque é capaz de atingir alvos a distâncias de 5,5 km. O míssil em si tem um feixe de laser de direcionamento.
Todavia, a Ucrânia também tem utilizado as armas que países da Otan tem fornecido a eles, como os Stinger e Nlaw (lançadores portáteis apoiados no ombro).
A Rússia tem perdido um número considerável de aeronaves nesta guerra e os helicópteros estão sendo os mais abatidos ou então abandonados. Por outro lado, a pouca efetividade da força aérea ucraniana, que praticamente toda está no solo ou já foi destruída, tem tido poucas baixas após as primeiras semanas de conflitos.
A lista de abates russa tem como caças: Su-34, Su-30SM, Su-25 e mais recentemente o moderno Su-35S. Contudo, obviamente, a Ucrânia também está tendo baixas aéreas, com helicópteros destruídos, e os caças MiG-29, Su-25 e Su-27 Flanker.