A Abear entregou aos quatro candidatos presidenciais, que lideravam as pesquisas, uma proposta crescimento para o setor aéreo
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 03/10/2022, às 12h00
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) entregou uma proposta setorial aos quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas para presidente no Brasil, com objetivo de discutir as pautas centrais para o desenvolvimento e crescimento da aviação brasileira.
O documento foi entregue no dia 28 de setembro, na véspera do primeiro turno e foca nos principais pilares para redução dos custos das viagens no Brasil, apresentando um projeto para estímulo à demanda e sustentabilidade.
A entrega foi realizada na Secretaria Geral da Presidência da República, registrando junto aos então candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), e agora aos aspirantes ao cargo de presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
A Abear pretende manter aberto o diálogo com os diversos atores institucionais a nível nacional e estadual ao longo dos próximos meses.
“Independente do resultado das eleições para o poder executivo federal, todas as correntes políticas serão representadas no Congresso Nacional. Entregar nossa pauta a todos, significa para nós manter uma agenda ampla e plural, pois entendemos que aviação é uma pauta que interessa a todos, merecendo reflexão e análise aprofundada por parte de todas as lideranças, de todas as posições, em todo o Brasil”, ressaltou Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.
A Abear, que comemorou na última semana 10 anos de sua fundação, tem trabalhado em uma pauta nacional, junto ao setor privado, agências, órgãos de governo e classe política, para buscar soluções e melhores práticas para o desenvolvimento da aviação comercial brasileira.
Ao longo de duas décadas o transporte aéreo no Brasil cresceu, em média, duas vezes o Produto Interno Bruto, alavancando o acesso de mais pessoas as viagens de avião em todo o território nacional e ao exterior.
Ainda assim, a aviação comercial enfrentou diversas crises entre 2000 e 2022, incluindo os ataques do 11 de Setembro, o apagão aéreo entre 2006 e 2007, seguido da crise financeira internacional, retração econômica do Brasil a partir de 2015 e a crise sanitária global. Mesmo com dificuldades, as companhias aéreas nacionais mantêm uma estrutura sólida, muito graças aos esforços conjuntos realizados em torno da Abear.
“Seguimos enfrentando muitos desafios para a retomada da aviação e temos um novo cenário a ser trabalhado no Brasil, como a criação de políticas públicas que viabilizem o uso do combustível sustentável da aviação e a redução de encargos e custos”, comentou Jurema Monteiro, Diretora de Relações Institucionais da Abear.