Safran registra forte procura por peças de reposição, enquanto se mantém cautelosa com aumento da produção da Airbus e Boeing
Por Wesley Lichmann Publicado em 27/10/2023, às 17h25
A francesa Safran disse hoje (27), que a entrega de novos motores será pressionada pelos desafios enfrentados no abastecimento da cadeia de suprimentos, e sem mantém cautelosa com as projeções de aumento na produção de aviões.
A Safran em parceria com a norte-americana General Eletric, controla a CFM International, fornecedora dos motores que equipam parte da frota de aeronaves de fuselagem estreita da família Airbus A320 e Boeing 737.
"A nossa prioridade continua a ser aumentar a produção enquanto ainda operamos num ambiente de cadeia de abastecimento restrito", disse Olivier Andriès, CEO da Safran.
Tanto a Airbus como a Boeing pretendem aumentar a taxa de produção mensal de seus principais produtos nos próximos meses.
A empresa observa que a crescente demanda por viagens aéreas, associada aos atrasos nas entregas de novos aviões, impulsionou a necessidade de peças de reposição, aumentando em 26% as receitas no terceiro trimestre, para 5,8 bilhões de euros.
As entregas dos motores LEAP utilizados nos A320neo e 737 MAX, cresceram 12,10% em relação ao mesmo período do ano passado, para 389 unidades.
A Safran manteve as estimativas para o ano inteiro de 2023, e prevê que a receita atinja 23 bilhões de euros e um fluxo de caixa livre de 2,7 bilhões de euros.
A fabricante espera que uma investigação criminal seja aberta pelo fornecimento de peças falsas, pela britânica AOG Technics. Andriès destacou que os procedimentos documentais da CFM International foram aprimorados depois da ocorrência.
A CFM afirma que mais da metade dos 145 motores com peças falsas foram retirados de serviços. O uso de peças fora dos padrões regulatórios afeta uma fração dos cerca de 22.600 motores CFM56 ativos na frota mundial.