Inteligência britânica diz que Rússia está usando seu novo caça Sukhoi Su-57 na Ucrânia
Por André Magalhães Publicado em 10/01/2023, às 09h15
Os serviços de inteligência do Reino Unido divulgaram que a Rússia está usado o caça Su-57 Felon em missões de combate na Ucrânia. O avião é o mais novo jato de quinta geração em serviço no mundo e o primeiro dos russos.
O ministério da Defesa britânico revelou, em postagem no Twitter, uma imagem datada no dia 25 de dezembro que mostram caças Su-57 na base aérea de Akhtubinsk, na Rússia.
(6/6) Defence Intelligence analysis of this satellite image, dated 25 December 2022, identified five Su-57 FELON multirole aircraft at Akhtubinsk airfield, Russia. pic.twitter.com/UT1lMXwsxb
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) January 9, 2023
Detalhes conclusivos sobre como os Su-57 estão atuando na Ucrânia não foram repassados pelo inteligência inglesa, mas informações dão conta que, pelo menos desde junho de 2022, o caça de quinta geração teria sido empregado em missões reais de combate.
A tecnologia embarcada, aliada a característica furtiva, teria permitido que o mais moderno avão de combate russo fosse empregado em certos ataques com maior segurança.
"O uso de aeronaves Su-57 na Ucrânia começou duas a três semanas após o início da operação especial (sic). As aeronaves operam fora da zona de destruição ativa pelos sistemas de defesa aérea inimigos, usando armas de mísseis”, publicou a TASS (agência estatal russsa de notícias) em maio de 2022.
A Força Aeroespacial (VKS, na sigla em russo) já testou o Su-57 em combate real durante operações especiais na Síria, a partir de 2018. Na ocasião o avião estava em fase avançada de desenvolvimento e não havia sido declarado operacional.
A força aérea russa ainda está recendo as primeiras unidades do novo caça, com previsão de serem entregues de 76 unidades ao longo de todo o contrato.
O Su-57 é a aposta de Moscou em fazer frente ao norte-americano F-22 Raptor, já que ambos tem algumas similaridades, sendo a principal a furtividade aos radares e o empuxo vetorado nos bocais dos motores. Os rivais ainda compartilham as dificuldades do governo em adquirir grandes lotes, se distanciando do projeto original que previa centenas de unidades. A produção do Raptor encerrou com menos de 300 caças, enquanto o Su-57 ainda não conseguiu confirmar nem 100 aviões.