Durante a Assembleia da Icao, Rússia não conseguiu votos suficientes para se manter em grupo de elite da aviação mundial
Marcel Cardoso Publicado em 01/10/2022, às 20h09
A Rússia não conseguiu votos suficientes para se reeleger no Grupo I do Conselho Permanente da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao), que inclui as nações de elite do transporte aéreo, e foi excluída com apenas 80 dos 170 votos possíveis.
O evento começou na última terça-feira (27), em Montreal, no Canadá. Com a decisão, anunciada durante a assembleia trianual da agência da ONU, neste sábado (1), o país ficará de fora do conselho, ao menos, até 2025.
No discurso de abertura, a comissária europeia para os transportes, Adina Valean, foi enfática ao criticar os russos, depois da invasão à Ucrânia, em fevereiro: "Não podemos aceitar que um membro que tão claramente viole a Convenção de Chicago deve fazer parte do mesmo conselho que deveria ser seu guardião. Não se trata de política, mas da coisa mais fundamental sobre essa organização", afirmou, invocando a convenção que criou a Icao, em 1944.
Por outro lado, o Brasil foi reeleito no Grupo I com 158 votos, o que equivale a 93%.“O Brasil é um dos membros-fundadores da Icao e tem sido sucessivamente eleito para ocupar o Grupo I do Conselho. Isso só reforça o nosso compromisso na busca pela excelência e comprova a importância do país para o desenvolvimento da aviação civil mundial”, segundo Juliano Norman, Diretor-Presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), chefe da delegação brasileira que está no Canadá.
A Assembleia da Icao tem como objetivo estipular as diretrizes a serem seguidas no triênio seguinte, decidir sobre matérias encaminhadas pelo Conselho, revisar trabalhos técnicos, legais, econômicos e administrativos da Organização, entre outros.
A reunião vai até o próximo dia 7 de outubro.