A agência reguladora da Rússia, a Rosaviatsia, aprovou a canibalização de aviões para o reaproveitamento de peças
Por Marcel Cardoso Publicado em 24/01/2023, às 08h43
Perto de completar um ano sob os efeitos de severas sanções internacionais, por conta dos conflitos na Ucrânia, autoridades da aviação civil da Rússia deram sinal verde para a continuação da canibalização de aviões inoperantes por companhias aéreas do país.
Na prática, isto permite que as peças destas aeronaves possam ser reaproveitadas em outras que estão ativas no transporte de passageiros ou de cargas, o que não acontece como padrão nos países do ocidente, permitindo que mais de 100 milhões de pessoas viajem pela Rússia ou nas poucas rotas internacionais disponíveis para elas em 2023, segundo estimativas do regulador, a Rosaviatsia.
Ao longo de 2022, ao menos dois países ofereceram ajuda aos russos para suprir o déficit de peças. Em junho, a China anunciou que estava planejando uma forma de fazê-lo, mas voltou atrás após receber ameaças de sanções internacionais. No mês seguinte, foi a vez do Irã, que havia recebido tais punições previamente, estender a mão ao Kremlin.
Atualmente, a aviação russa está em processo de nacionalização, produzindo as suas próprias aeronaves. Em agosto, a Aeroflot anunciou a encomenda de 300 unidades de três modelos locais diferentes com esta configuração.