FAB diz que estuda o Cessna SkyCourier que poderá substituir os já veteranos C-95 Bandeirante
A FAB demonstrou interesse no Cessna SkyCourier, o avião turboélice leve para transporte de cargas, que poderá substituir seus veteranos C-95 Bandeirante.
O presidente da República, o vice-presidente, o ministro da Defesa, se reuniu com os comandantes força aérea, da marinha e do exército, assim como empresários, para conhecer os programas considerados prioritários por cada Força.
A Força Aérea Brasileira apresentou seus projetos em andamento, listou prioridades e demonstrou interesse na aquisição do Cessna C-408 SkyCourier, que será eventualmente destinado para cumprir missões de transporte leve.
O SkyCourier seria o substituto natural do C-95 Bandeirante, primeiro avião produzido pela Embraer, e que os mais novos já somam mais de 30 anos em serviço. Embora exista interesse de empresarios nacionais em criar um avião nessa categoria, nenhum deles apresentou um projeto final ou mesmo tem instalações fabris estabelecidas.
A FAB tem afirmado que não poderá apoiar o desenvolvimento de um avião nessa categoria pelo elevado invesvimento necessário e a falta de interesse no mercado global por esse tipo de avião.
O avião da Cessna surgiu após um requerimento da FedEx, na prática o potencial cliente para esse tipo de avião, e foi entregue no ano passado, após um desenvolvimento dentro do cronograma.
A expectativa da Cessna é que o SkyCourier tenha tanto a atual versão para transporte de cargas, como em breve um destinado para passageiros. Uma versão combi poderia ser a mais indicada para a FAB.
Entre as principais caracteríticas do modelo da Cessna é seu projeto novo, criado a aprtir dos requerimentos da FedEx, contando com glass cockpit, a porta lateral, capacidade de transportar três contêiner LD3 ou quatro LD2, com uma carga últil de 2.700 quilos e com capacidade para operar em pistas com aproximadamente 830 metros.
Vale ressaltar que ainda não houve nenhuma conversa formal da FAB com a Cessna sobre o SkyCourier, apenas a demonstração de interesse na reunião com a Presidência. Por ora, o avião segue apenas no campo de estudos de viabilidade operacional e econômica.
A Embraer apresentou recentemente um conceito para um avião na categoria do Bandeirante com motorização híbrida, usando dois motores turboélices e dois propulsores elétricos. O avião designado como STOUT, que seria desenvolvido em conjunto com a FAB.
Contudo, no ano passado, o então comandante da força aérea tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Jr, disse que encerraria o memorando de ententimento com a Embraer. Entre os motivos estava questões orçamentárias e a complexidade de desenvolver um avião híbrido. A força aérea afirmou que priorizava a necessidade de destinar recursos para o Programa Gripen, visando um segundo lote. A compra de mais unidades do caça é considerada fundamental para manter a viabilidade do programa e jsutificar os investimentos em transferência de tecnologia.
Os cortes orçamentários na FAB também impactaram o C-390, que viu o pedido inicial para 28 aviões ser reduzido para apenas quinze aviões, com possibilidade futura de chegar ao limite de 21 cargueiros.
Demais projetos na categoria do Bandeirante, por ora, não passam de conceitos sem nenhum projeto formal em andamento.
Por André Magalhães
Publicado em 23/01/2023, às 09h55
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