Estuda da Abear mostra que o preço do querosene de aviação no Brasil é 32,3% mais caro do que nos EUA
Wesley Lichmann Publicado em 06/12/2022, às 13h40
Um levantamento divulgado hoje (6), pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) mostrou que o preço do querosene de aviação (QAV) no Brasil custa 32,3% mais caro do que nos Estados Unidos.
Ainda segundo o estudo, os preços nas refinarias brasileiras são 5,1% mais altos quando comparado com os valores cobrados no maior mercado de aviação mundial.
A pesquisa contou com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), do Environmental Impact Assessment, a entidade da Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea, e Bureau of Transportation Statistics (BTS).
De acordo com a Abear, no acumulado do ano o preço do QAV registra alta de 49,6%. A associação enfatiza que só o combustível responde por cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea, além disso, a precificação é feita como se fosse importado, sendo que mais de 90% do insumo é produzido no país.
Para Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, os dados mostram a pressão dos custos estruturais enfrentada pelas companhias aéreas brasileiras. Mesmo com a alta dos custos, as empresas associadas ampliaram em 12,6% a malha de voos domésticos para a alta temporada.
“Defendemos a revisão da política de precificação do QAV para que possamos retomar o crescimento da aviação comercial brasileira e seguirmos competitivos nos mercados doméstico e internacional", destacou Sanovicz.